Quando o assunto é decorar a casa, os quadros, as esculturas e os arranjos de plantas são, comumente, os primeiros elementos que vêm à mente, mas há aqueles objetos que, além de compor a decoração, têm outras utilidades que os tornam queridinhos e sempre presentes nos vários cômodos da residência.
É praticamente impossível encontrar alguém que não tenha um espelho em casa. Usado apenas para escovar os dentes ou para se observar, por pura vaidade, o objeto é quase essencial para a maioria das pessoas. Por estar presente na sociedade há milhares de anos, é difícil apontar a peça como estrela de uma tendência, afinal, ela é atemporal.
Contudo, em certos momentos, determinados tamanhos, formas e cores podem ser mais requisitados. Atualmente, as molduras mais trabalhadas, que estabelecem variados contornos, e o formato orgânico são presenças quase unânimes na decoração de ambientes. Em vários ambientes desta edição do CasaCor Brasília, a atuação do espelho nos espaços é explorada.
A arquiteta e urbanista Maria Araujo, responsável pelo ambiente Sala Galeria, acredita que os espelhos são funcionais para além da decoração. De acordo com a profissional, a depender da maneira como o objeto é instalado no espaço, poderá ser usado para ampliá-lo e/ou refletir uma vista bonita.
Hudson Castro, do escritório HC Arquitetura, responsável pelo ambiente Morada Beija-Flor, explica que as molduras ajudam a valorizar o espelho e a torná-lo uma escultura no local. “É como um quadro, que, no caso, tem em seu conteúdo o próprio ambiente. Já a moldura adorna a peça.”
Maria Araujo salienta a importância de consultar um profissional antes de escolher as peças para o ambiente, pois o propósito do espelho no quarto pode ser diferente do que é esperado de um que compõe a sala de jantar. Para a arquiteta, o especialista será a melhor pessoa para definir a opção mais interessante para cada local.
Enriquecendo o ambiente
Se você quer utilizar os espelhos para complementar a decoração do lar, é importante entender que a cautela é essencial. Hudson explica que a decisão precisa ser bem pensada porque o excesso de espelho pode, na verdade, atrapalhar. “No mercado, temos opções de espelhos prata, bronze, fumê e rose, alguns mais fáceis ou mais difíceis de encontrar. É importante avaliar a paleta de cores do ambiente na hora de definir a cor do espelho, para que o reflexo pretendido orne com o conjunto.”
O especialista destaca que os tamanhos e os formatos também precisam ser pensados. Hudson aponta que os espelhos em formas regulares — quadrados e retangulares — trazem uma estética mais formal, enquanto que os orgânicos deixam o espaço mais leve e fluido.
Se o desejo é dar destaque ao espelho, trabalhar a moldura é essencial. A iluminação é, ainda, um ponto que faz toda a diferença. Claridade na frente do espelho ajuda a iluminar quem está se vendo nele. Já a iluminação que vem de trás, descola visualmente a peça da parede, deixando-a ainda evidente.
FONTE: Correio Braziliense
