O hipotireoidismo é uma disfunção na tireoide que se caracteriza pela queda na produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). É mais comum em mulheres, mas pode acometer qualquer pessoa, até mesmo recém nascidos, neste último caso chamado de hipotireoidismo congênito.
Embora produzido em menor quantidade, o T3 é o composto que atua pra valer no ritmo do funcionamento de nossos órgãos. O T4, fabricado em maior volume, é bem menos potente.
Quando há déficit de T3 e T4, o coração diminui o bombeamento de sangue e pode sofrer com uma insuficiência cardíaca. Os rins não conseguem realizar a filtração corretamente. O intestino fica mais lento e a pele resseca. Os olhos correm risco de desenvolver glaucoma.
Os sintomas do hipotireoidismo são sonolência, ganho de peso, cansaço, alteração no humor, perda de memória, pele seca, prisão de ventre, unhas fracas, queda de cabelo, mãos e pés gelados, sensação de frio excessivo, colesterol alto, anemia e diminuição da libido.
A prevenção é por meio da ingestão de iodo, substância presente no sal de cozinha e frutos do mar, porém não adianta exagerar no consumo. Há quem acredite que o uso do Lugol, solução composta por doses altas de iodo, seja um tratamento eficaz e acaba tomando por conta própria. No entanto, o Lugol não é indicado pelas autoridades médicas uma vez que a dose de iodo presente nele é muito maior que a recomendada pela OMS. Além disso, as altas doses de iodo têm sido relacionadas com uma maior incidência de câncer de tireoide.
O tratamento do hipotireoidismo é feito com o uso diário de levotiroxina, na quantidade prescrita pelo médico. Para reproduzir o funcionamento normal da tireoide, a levotiroxina deve ser tomada todos os dias, em jejum (no mínimo meia hora antes do café da manhã), para que a ingestão de alimentos não diminua a sua absorção pelo intestino.
O hipotireoidismo é uma doença silenciosa, então fique atento aos menores sinais do seu corpo e faça exames rotineiramente.