Quando falamos do exercício da paternidade é imprescindível falar sobre o sistema patriarcal e como se dava no passado essa organização dentro do sistema familiar.
Como muitos já sabem, antigamente o homem era a figura mais dominante dentro de seus lares, tinham a função de suprir as necessidades financeiras, o que lhe dava uma carga extensa de trabalho, mas não havia muito envolvimento com os filhos, até mesmo por ter um ar muito superior diante da família, os afetos ficavam muito distantes.
Com a chegada das indústrias as mulheres foram conquistando seu espaço na sociedade, mas ainda dividia seu tempo com as funções familiares, mas o que aos poucos foi se tornando uma maneira de dividir tarefas, incluindo o exercício da paternidade.
Hoje quando sento para conversar com a minha avó, e vejo suas reações de espanto, mas também de alegria em ver meu marido cumprindo e auxiliando nosso filho com seus deveres de pai, ou seja, vivendo a paternidade, construindo memórias afetivas, educando e se divertindo com nosso filho, consigo ver que diante de tantas mudanças é possível e muito importante para eles como seres humanos e pais exercerem a paternidade como algo simples e muito gratificante.
Afinal estamos no Século 21, novas estruturas familiares, novos conceitos e isso nunca estará ligado ao certo e errado, e sim ao amor, a doação e entrega ao vivenciar papéis tão importantes dentro de um lar, de uma vida e de uma sociedade mais justa.
A psicologia tem muitas teorias da importância de ter uma figura masculina ao longo da vida, e sim, os benefícios de ter um pai para orientar, dar exemplos e amor é um
fator de grande potencial, mas sabemos que existem pais que não assumem esse papel, pais que fogem, abandonam e até mesmo pais que já partiram dessa jornada, e o que fazer nesses casos? Qual a melhor solução?
Felizmente o amor sempre é a melhor alternativa, a família é rede de apoio fundamental, uma coisa nunca poderá substituir outra, mas fazem dessa jornada mais leve e bonita.
A psicologia que eu sigo, que eu amo e que eu busco vivenciar apoia as evoluções, as imperfeições e principalmente o acolhimento diante de uma realidade militante.
Se você é pai, e tem essa oportunidade de exercer essa função desafiadora, se joga, os benefícios sempre serão os melhores, então de risada, erre, estude, troque informações, se permita, brinque, monte um brinquedo, façam nada juntos, o tempo de qualidade que tanto falamos, não está ligado com quantidade. Comemore as pequenas conquistas e assim você saberá que está fazendo o melhor e que isso pode e vai acrescentar na vida do seus filhos e de uma futura sociedade.
Feliz Dia dos Pais, da família e do amor
