Março Lilás é o mês de conscientização sobre a importância de se prevenir contra o câncer do colo do útero. Nesse período, instituições de saúde pública e privada promovem campanhas para conscientizar a população sobre os riscos de desenvolvimento da doença, seus os sintomas e como se prevenir.
As ações acontecem de formas distintas de acordo com cada estado, mas todas possuem o mesmo objetivo: reduzir o número de mortes por câncer de colo do útero e promover a prevenção desde cedo.
A campanha, consequentemente, alerta também sobre a importância de se proteger contra as ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), uma vez que o vírus HPV é uma das principais causas do câncer do colo do útero.
Por isso, durante todo o mês de março, pessoas com útero são incentivadas a manter uma rotina frequente de consultas com o(a) ginecologista, fazendo exames preventivos, como o papanicolau, que ajuda a detectar a infecção causada pelo HPV e possíveis alterações no colo do útero.
Origem do Março Lilás
A campanha nasceu em 2020, como um projeto de conscientização promovido pela Liga Brasileira de Luta Contra o Câncer. O Março Lilás continua ganhando força e, atualmente, já é uma campanha incorporada por outros órgãos, incluindo governos estaduais e prefeituras, ampliando o alcance da iniciativa.
Por que lilás?
A origem da cor lilás como símbolo luta pelos direitos das mulheres está relacionada ao movimento que ocorreu na Inglaterra, em 1908, em que as mulheres lutaram pelo direito ao voto.
Nesse episódio, que ficou conhecido como movimento sufragista, as cores lilás, branco e verde foram escolhidas como símbolos da campanha. Alguns registros apontam que, nesse contexto, o lilás significa “lealdade”, simbologia que foi encontrando algumas alterações ao longo da história.
Nas décadas de 1960 e 1970, o movimento feminista teve novamente uma retomada, estando a cor lilás sempre presente como símbolo da luta. Devido a esse histórico, a campanha de conscientização sobre o câncer do colo do útero também adotou a cor.
O que é o câncer do colo do útero?
O câncer do colo do útero, também conhecido como câncer cervical, é causado principalmente pela infecção persistente do vírus do HPV, o Papilomavírus Humano.
O HPV é uma infecção sexualmente transmissível (IST) comum e assintomática (sem sintomas) na maioria das pessoas infectadas. Contudo, quando desperta sintomas, pode provocar coceira e o surgimento de verrugas genitais. Além disso, quando a infecção por esse vírus provoca alterações celulares, as chances do desenvolvimento do câncer do colo do útero são maiores.
Outros fatores podem favorecer ou causar o desenvolvimento do câncer do colo do útero, como outras ISTs, tabagismo e a utilização prolongada de anticoncepcionais.
Quais os sintomas do câncer do colo do útero?
Conscientizar sobre os sintomas do câncer do colo do útero é um dos objetivos da campanha do Março Lilás. Contudo, nem sempre é fácil identificar a doença dessa forma, pois seu desenvolvimento é lento e não manifesta sinais durante a fase inicial.
Por esse e outros motivos, é de suma importância prevenir a infecção, o que pode ser realizado principalmente pelo uso de preservativos e, se possível, vacinação contra o vírus.
No estágio mais avançado da doença, alguns sintomas podem surgir. É importante se manter atento e procurar assistência médica caso note os seguintes sinais:
- Dor abdominal associada a problemas intestinais e urinários;
- Sangramento vaginal;
- Sangramento após relação sexual;
- Secreções vaginais anormais;
- Menstruação irregular;
- Fadiga;
- Perda de peso sem motivo aparente;
- Náuseas.
Como prevenir o câncer do colo do útero?
A principal forma de prevenir o câncer de colo do útero é realizando o exame preventivo papanicolau, no qual é feita a coleta de células do colo do útero para detectar se há alguma infecção ou variação nesses tecidos.
O exame é simples, dura poucos minutos e ajuda a identificar a infecção por HPV, além de outras possíveis complicações que possam levar ao desenvolvimento do câncer cervical.
O papanicolau deve ser feito a cada 3 anos, por todas as pessoas com útero com idades acima de 25 anos, principalmente se possuir uma vida sexual ativa. A frequência recomendada entre exames pode ser menor quando há fatores de risco para a doença.
Outra forma de prevenção é a vacina contra o vírus HPV. No entanto, é importante reforçar que esta não dispensa a necessidade dos exames, pois não protege de todos os tipos de vírus do HPV.
Ademais, o uso de preservativos também deve ser uma medida preventiva contra a infecção por HPV, ajudando a evitar também outras ISTs.
Apesar de ser uma doença grave, quando o diagnóstico é precoce, as chances de cura do câncer de colo do útero são grandes.
Com os exames realizados de forma periódica, é possível identificar a doença ainda em sua fase inicial, melhorando as chances de sucesso no tratamento.
Na maioria dos casos, os sintomas surgem apenas quando o câncer se encontra em um estágio mais avançado, por isso a prevenção precisa ser incentivada e esse é o objetivo do Março Lilás!
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