Quando é preciso tratar a ansiedade?

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Foto jornal do Momento

ansiedade é caracterizada pelo medo em excesso, sendo o medo a resposta emocional diante de uma ameaça que pode ser real ou percebida, que corresponde à resposta de luta ou fuga diante das adversidades e  ansiedade por uma ameaça futura.

A resposta comportamental da condição se manifesta por meio de tensão muscular, vigilância e preparação para possíveis perigos.

Enquanto os ataques de pânico se destacam nos transtornos ansiosos, sendo eles resposta ao medo excessivo, os transtornos de ansiedade se diferenciam pelos objetos ou situações que desencadeiam medo, ansiedade e comportamentos reativos, como esquiva.

Existem escalas que auxiliam na caracterização da gravidade da ansiedade apresentada. A identificação dos sintomas físicos ou cognitivos, situações que desencadeiam, são ferramentas para compreender o tipo de transtorno ansioso, auxiliando na criação de um plano de tratamento e intervenção.

ansiedade se torna preocupante a partir do momento que começa a interferir na qualidade de vida e bem-estar do indivíduo.

Essa interferência traz prejuízos às atividades rotineiras devido às crises e o medo excessivo sentido, principalmente diante de situações que não representam riscos reais, como durante o trabalho e em meio a um almoço em família, que deveriam ser consideradas seguras e não ameaçadoras.

Com isso, as atividades são afetadas, podendo resultar em prejuízos significativos na carreira, estudos, nas relações interpessoais e sociais. Quando isso ocorre, representa um grande sinal de alerta.

É possível ter crises todos os dias e mais de uma por dia. Pessoas com casos graves de transtornos de ansiedade podem ter ataques de pânico com frequência, o que causa prejuízos significativos no dia a dia.

Frequentemente, pessoas que têm crises de ansiedade com muita frequência sofrem de um transtorno chamado Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) , o que significa que não são identificados gatilhos específicos.

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Existem também pessoas com agorafobia, que é caracterizada pelo medo e ansiedade extrema diante de situações que envolvam locais abertos, fechados ou, até mesmo, de estar sozinho fora de casa e sentir-se em perigo.

Nesses casos, a pessoa tem medo de ter uma crise de pânico e retroalimenta o quadro, fazendo com que a pessoa sofra com ele com muita frequência.

É preciso tratar a ansiedade quando ela se torna debilitante, prejudica os afazeres do dia a dia e há esquiva de situações específicas para fugir da possibilidade de ter uma crise de ansiedade.

A necessidade de evitar algumas situações ou locais pode surgir em diversos contextos, como no trabalho (o que prejudica a vida profissional), nos estudos e nas relações interpessoais, por exemplo.

Além dos prejuízos na vida social, profissional e acadêmica, a ansiedade não tratada ainda pode evoluir para quadros ainda mais graves.

Crises de ansiedade podem se tornar crises de pânico, que são mais intensas e vêm acompanhadas de uma sensação de que a vida está em perigo. Frequentemente, pessoas com crise de pânico confundem os sintomas e vão para o hospital, acreditando estar no limite entre a vida e a morte.

Esse quadro é caracterizado por:

  • Palpitações;
  • Sudorese;
  • Medo de perder o controle;
  • Medo da morte;
  • Formigamento das extremidades (pés e mãos);
  • Tremores;
  • Dificuldade para respirar;
  • Náusea;
  • Dores no peito e no abdômen;
  • Dor de cabeça;
  • Tontura.

Um ataque de pânico é sempre uma experiência bastante desagradável e é comum que quem vivencia um tema tenha a possibilidade de passar por outro.

Isso acaba levando ao desenvolvimento de um quadro chamado transtorno do pânico com agorafobia, no qual o medo de ter novos ataques de pânico acabam levando a novas crises.

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Quando chega a esse ponto, a pessoa pode não conseguir levar uma vida funcional (trabalhar, estudar e se relacionar). Portanto, a busca por um tratamento é urgente, pois evita consequências como ideação ou atentados contra a própria vida.

O tempo de tratamento da ansiedade depende muito da resposta do (a) paciente, bem como do tratamento escolhido. Casos mais leves podem ser tratados apenas com psicoterapia, na qual o paciente aprende técnicas para lidar com as crises ansiosas e com os gatilhos que desencadeiam a ansiedade. Com o tratamento, é possível também ressignificar as situações que causam ansiedade.

O tempo de tratamento depende da abordagem escolhida. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), por exemplo, é uma das abordagens mais eficazes e mostra resultados em pouco tempo, sendo que grande parte dos pacientes já apresentam melhoras em algumas semanas.

O tratamento em outras abordagens, como a psicanálise e gestalt-terapia, por outro lado, podem levar mais tempo, mas no fim tudo depende da maneira que o (a) paciente responde à terapia, bem como a relação entre paciente e terapeuta, que é de suma importância para uma terapia eficaz.

Em casos mais graves, é necessário o uso de medicação junto com a psicoterapia. De forma geral, são receitados medicamentos ansiolíticos e antidepressivos, que podem demorar cerca de 2 semanas para surtir efeito.

O tratamento medicamentoso tende a durar alguns anos e também depende da resposta do paciente. Portanto, é possível que ele (a)  inicie o tratamento com uma medicação, apresenta melhoras por um tempo e, mais tarde, precise ajustar os remédios e as doses para responder ao tratamento.

Contudo, vale lembrar que isso não quer dizer que o tratamento medicamentoso é ineficaz, apenas  que o cérebro está tentando se equilibrar.

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A ansiedade pode trazer prejuízos para a vida social, acadêmica e profissional, com isso, buscar ajuda é a melhor opção diante desse quadro, para que então se tenha bem-estar e qualidade de vida.

Minuto Saudável

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