Brasil vai testar jornada de 4 dias de trabalho por semana

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Foto asmetro.org.br

Terá início no mês de junho, no Brasil, um experimento sobre o impacto da jornada de trabalho semanal de quatro dias.  A iniciativa é encabeçada pela organização sem fins lucrativos 4 Day Week — que conduz testes globais sobre a carga horária reduzida — em parceria com a brasileira Reconnect Happiness at Work. Os testes seguirão até dezembro deste ano.

As empresas que tiverem interesse em participar do experimento terão orientação e informações fornecidas pela Reconnect ao longo dos meses de junho e julho. A organização ressalta, porém, que não há pré-requisitos, como número mínimo de funcionários. As companhias interessadas precisam apenas responder a um formulário disponível no site para ter acesso à mentoria.

Como vai funcionar a semana de quatro dias?

O modelo a ser implementado nas participantes será do tipo 100-80-100: 100% do salário, trabalhando 80% do tempo e mantendo 100% da produtividade. Indicadores como estresse da força de trabalho, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, resultados financeiros e turnover (rotatividade) serão os fatores avaliados ao final do experimento.

A universidade americana Boston College elaborou a metodologia da iniciativa. A instituição cuida das pesquisas antes do início do experimento, assim como de análises após três meses da implementação e ao fim do piloto. Com isso, a expectativa é garantir acurácia dos dados para que as empresas possam definir se seguirão com a semana de quatro dias.

Resultados no mundo

Nos Emirados Árabes Unidos, que foi o primeiro a reduzir o número dos dias trabalhados, os funcionários públicos têm carga semanal de 36 horas, que são divididas em 4 dias. No Reino Unido foram mais de 50 empresas que participaram dos testes de 6 meses. Irlanda, Suécia, Espanha e Bélgica também adotaram o modelo.

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A grande maioria das empresas participantes (92%) decidiu manter o formato de trabalho depois dos testes. Entre elas, a receita média aumentou 35% em comparação ao período anterior e 90% dos funcionários disseram que gostariam de continuar trabalhando apenas quatro dias. Desses, 15% disseram que nenhum dinheiro é suficiente para aceitarem voltar ao expediente de cinco dias.

Como resultado, também foi registrado que 39% dos trabalhadores se sentiram menos estressados, 71% reduziram sintomas de burnout e 54% acharam mais fácil conciliar vida pessoal e profissional.

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