Presentes para o Dia dos Namorados sobem mais que o dobro da inflação

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Os casais que pretendem comemorar o Dia dos Namorados devem encontrar preços mais altos em 2023, apesar de a inflação ter mostrado sinais recentes de trégua no Brasil, levantamento realizado a partir de 30 produtos e serviços do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S/FGV) indicou que os produtos e serviços mais procurados como presentes para o Dia dos Namorados subiram em média 6,00% nos últimos 12 meses. O percentual foi quase o dobro da inflação apurada para o mesmo período, que foi de 3,02%.

A variação equivale a quase o dobro da inflação medida em termos gerais pelo indicador, que foi de 3,02% no mesmo intervalo. A cesta com 30 itens associados à data é composta por oito serviços e 22 produtos. O IPC-S é calculado pelo FGV Ibre em sete capitais (Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador).

Considerando apenas os serviços, a inflação acumulada até maio foi de 5,89%. Os oito analisados subiram no período. A maior alta foi a dos preços da hospedagem em hotel ou motel (6,53%), seguida pelos avanços em restaurantes (6,27%), salão de beleza (6,19%) e cinema (5,73%). Teatro (4,36%), academia de ginástica (4,18%), serviços de streaming (3,94%) e show musical (2,44%) completam a lista. Não houve item nos serviços com redução de preço nos últimos 12 meses, demonstrando a dinâmica do setor no pós-pandemia.

O pesquisador do FGV/IBRE Matheus Peçanha avalia que “os serviços deram a tônica da atividade econômica em 2022. Foi o principal setor para o nosso crescimento de 2,9% no PIB. Com o aquecimento, os preços tendem a acelerar, ainda mais em áreas que precisaram ‘recuperar terreno’ após a pandemia, como é o caso do setor hoteleiro, o cultural e o de alimentação”.

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Pelo lado dos produtos mais comumente escolhidos como presente, a cesta de 22 itens teve um aumento médio de 6,07%. As maiores altas vieram principalmente dos cosméticos: sabonete (21,68%), artigo de maquiagem (9,76%), produtos para barba (9,37%) e perfume (8,70%); fechando a lista das 10 maiores altas temos: bombons e chocolates (12,90%), livros (10,31%), roupas masculinas (8,41%), vinhos (7,71%), calçados femininos (6,65%) e cintos e bolsas (6,32%). O alívio da cesta de produtos vem de bens duráveis, principalmente dos eletrônicos: aparelho celular (-2,17%), computador e periféricos (-1,15%), bicicletas (-0,68%) e bijuterias (-0,25%).

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