Colheita de trigo no Oeste está na reta final

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O Oeste da Bahia é marcado pelo forte cultivo de grãos e fibra, e o trigo, segundo cereal mais produzido do mundo, é uma cultura que os produtores rurais têm apostado alcançado bons níveis de produtividade. De acordo com dados do Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), atualmente são registrados mais 10 mil hectares de trigo plantados em áreas irrigadas no Oeste baiano.

Na Bahia, onde o cereal é produzido desde 2015, os incrementos de área e produção foram acima de 43%, como afirma o gerente de Agronegócios da Aiba, Aloísio Júnior. “O trigo produzido durante essa safra apresenta um desempenho satisfatório. Fatores provenientes das temperaturas climáticas afetaram algumas lavouras, mas a média está próxima aos 100 sc/há”, elenca o gerente que também acrescenta sobre a situação da comercialização. “Apesar dos preços de mercado não estarem satisfatórios, durante essa safra o trigo apresenta-se como uma das principais alternativas para incremento de produção e rotação os agricultores do Oeste baiano, que vem investindo muito no cereal”, ressaltou Aloisio.

A aproximados 70 km da sede do município de Riachão das Neves, está a propriedade do agricultor Martin Gross. Há muitos anos ele e sua família cultiva na região, soja, milho, feijão, sorgo, milheto, e agora também plantam trigo. “O Oeste ainda está se adaptando e temos muito a aprender. Esse ano plantamos 720 hectares de trigo irrigado da variedade BRs 2004, e temos obtido resultados positivos”, declara Martin que ainda destaca sobre a expectativa da produtividade. “A produtividade está em torno de 90 sacas por hectare. Calculamos um pouco a mais. A questão do calor afetou um pouco, mas estamos contentes com os resultados”, relata.

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O cultivo do cereal exige investimentos no manejo fitossanitário para evitar pragas e doenças que podem comprometer a qualidade do produto. “O resultado depende muito da época de plantio. A qualidade do nosso trigo é boa, é muito procurado pelos moinhos daqui e de fora do estado, para fazer a farinha. A comercialização está em torno de 90 reais a saca, esperávamos um pouco mais, só que mesmo assim, tem uma lucratividade positiva”, concluiu o agricultor. Com uma soma de produção equivalente a seis toneladas por hectare, o Oeste deve colher nessa safra 2022/23, 60 mil toneladas de trigo.

FONTE: Ascom Aiba

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