O protagonismo da mulher no agronegócio brasileiro tem crescido nos últimos anos e no setor do algodão não é diferente. No último dia 27 de setembro, lideranças femininas ligadas à cotonicultura do país marcaram presença no evento “Noite do Algodão”, em Luís Eduardo Magalhães, no Estado da Bahia, segundo maior produtor da fibra natural no país, para discutir temas como representatividade, o papel da mulher no agro brasileiro e moda sustentável. Organizado pelo movimento Agroligadas Bahia, o encontro é o primeiro de projeção nacional realizado pelo grupo e teve o apoio da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa).
A vice-presidente da entidade que representa os cotonicultores baianos, Alessandra Zanotto, destacou que as mulheres ganharam espaço nas decisões do agronegócio devido à forma eficaz como se comunicam e também à facilidade com que se adaptam às novas tecnologias. “Portanto, a mulher tem muito a agregar ao espaço de tomada de decisões, levando-se em consideração a velocidade das transformações que vemos no mundo, nos dias de hoje, onde a inovação e a criatividade precisam estar na ponta”, afirmou.
A coordenadora do Agroligadas Bahia, Luciane Barheim, explicou que uma das missões do movimento é conectar o campo e a cidade, mediante ações nas áreas de comunicação e educação. “O motivo de termos trazido o Agroligadas a esta região (e também de fazermos esse evento aqui) deve-se ao fato de que somos apaixonadas pelo algodão. E existia essa necessidade exatamente por esta região ser grande produtora de algodão de qualidade”, disse.
Silmara Ferraresi, diretora de Relações Institucionais da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), ressaltou a relação entre a cadeia produtiva do algodão e o empoderamento feminino. “Com o trabalho que temos feito com o movimento Sou de Algodão, podemos notar uma forte inclusão das mulheres, com o empoderamento das pessoas em si – de ser, da escolha do que vestir – ou mesmo em relação a uma fibra democrática, que veste qualquer corpo, independentemente de gênero. E, mesmo quando olhamos para a cadeia produtiva do algodão, a estimativa é de que 75% da mão de obra é feminina”, declarou.
A noite foi encerrada com a palestra “O Algodão Além da Pluma” de Theo Alexandre, estilista e criador da Thear, marca do Centro Oeste,que parte do line-up oficial da São Paulo Fashion Week. Além da Abapa, o encontro teve apoio da Abrapa e do movimento Sou de Algodão.
FONTE: Imprensa Abapa