O termo é usado para situações de paralisação total ou parcial do deslocamento de pessoas e, consequentemente, da economia.
Devido à pandemia do novo coronavírus, vários estados têm adotado um sistema bem rígido de quarentena, em que as pessoas são recomendadas ou até obrigadas a permanecer em casa. Essa medida é uma tentativa de barrar ou pelo menos diminuir a disseminação do vírus na população.
Desde então, tem ganhado popularidade o termo em inglês ‘lockdown’ para se referir a essa medida.
Na prática, ‘lockdown’ é uma palavra em inglês para se referir ao sistema de quarentena. É a paralisação especialmente dos fluxos de deslocamento. A ideia é interromper o fluxo, evitar que as pessoas se desloquem e, portanto, se encontrem. Uma consequência disso é a paralisação econômica.
Essa medida não é reservada apenas para casos de pandemia ou emergências de saúde. Pode ser aplicado em qualquer tipo de catástrofe, de emergência relacionada à natureza, ou até mesmo situações de caos social.
Quais as consequências do lockdown para o País?
Mesmo que o lockdown em vigor atualmente no Brasil não seja completo, já que a cadeia de abastecimento de alimentos e medicamentos, assim como instituições da área da saúde, continuam em funcionamento, o principal efeito negativo deve ser a redução do PIB (Produto Interno Bruto). Os fluxos econômicos, como transações e vendas, estão interrompidos. Portanto, há uma diminuição da geração de riqueza. O primeiro efeito disso é a redução do PIB. A previsão de crescimento da economia que estava em 1,8%, já está sendo reposicionada para 0%.
Segundo Alexandre Robazza, gerente de relacionamento do Sebrae, a situação brasileira é ainda mais grave, já que o País ainda não tinha se recuperado plenamente da última recessão quando foi instaurado o lockdown. “No caso do Brasil, nós estamos numa crise dentro de uma outra crise. As empresas precisaram usar a sua poupança e os empresários que já estavam em dificuldade acabaram se endividando.”
Outra consequência do bloqueio, relacionada à queda na atividade econômica, deve ser o crescimento do desemprego, já que os empresários vão procurar reduzir custos. De acordo com Robazza, isso pode levar a um ciclo de endividamento ainda maior. “O desemprego gera uma demanda por suporte público, como seguro-desemprego. Isso leva a uma redução de qualidade de vida e vai criar uma série de problemas sociais posteriormente. Por isso que, quanto mais tempo o lockdown permanecer, maior é o problema que você terá no futuro. Não é tão simples assim a retomada.”
Robazza explica que uma forma de minimizar o impacto do lockdown, são algumas das ações que o governo tem realizado para injetar dinheiro na economia. Mas, mesmo assim, ele diz que não há como escapar dos efeitos severos.