Bahia tem mercado promissor e clima favorável para a produção de batata-doce

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Foto Pexels Jorge Romero

A Bahia tem o seu lugar quando se fala em produção de batata-doce no Brasil. Com um grande número de municípios envolvidos nessa atividade, de acordo com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, ao todo, 68 cidades baianas atuam na produção deste tubérculo. Um deles é Alcobaça, que está situado no extremo sul do estado, e lidera o ranking de produtividade, atingindo uma média de aproximadamente 13 mil quilos por hectare em 2022.

Em segundo lugar aparece Teixeira de Freitas, também no extremo-sul, que registrou uma produtividade média de 11,8 mil quilos por hectare no mesmo ano. Em seguida, na terceira posição, a cidade de Maragogipe, que apresentou uma produtividade média de 6,7 mil quilos por hectare.

A batata-doce é uma cultura que se adapta bem a uma variedade de condições climáticas, tornando uma opção atraente para os produtores baianos. A região nordeste do Brasil, incluindo a Bahia, oferece condições tropicais e subtropicais que são propícias para o cultivo dessa planta.

Tecnologia – A tecnologia de uma tese de doutorado aprovada pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Alimentos (PPGCAL), do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), está prestes a revolucionar a produção de batatas-doces biofortificadas no nordeste baiano. A biofortificação de alimentos é uma técnica de melhoramento genético convencional que busca gerar plantas mais nutritivas por meio da seleção e cruzamento de plantas da mesma espécie.

O clima quente e úmido da Bahia, com estações bem definidas de chuva e seca, é adequado para o desenvolvimento saudável da batata-doce. Além disso, a prática de agricultura familiar, comum na região, contribui para o sucesso da cultura, promovendo o cultivo sustentável e a geração de empregos na comunidade.

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Teste – A tese de doutorado de Cláudio Eduardo Cartabiano Leite desempenhou um papel fundamental na orientação do plantio dessas novas cultivares na cidade de Nova Soure, localizada na região nordeste da Bahia. A longo prazo, essa plantação será uma adição benéfica à alimentação dos estudantes da rede municipal da região.

A região nordeste da Bahia foi escolhida como área de teste ideal, devido às suas características geográficas semelhantes às do Malawi, o segundo maior produtor mundial de batata-doce.  Além do clima e da importância, a região é conhecida por sua prática de agricultura familiar, ou que se alinha com a proposta socioeconômica da safra.

A primeira colheita está prevista para o segundo semestre de 2023, com a possibilidade de que os produtos sejam destinados à merenda escolar na rede educacional de Nova Soure. Por enquanto, não há previsão de expansão do projeto para outros estados.

O pesquisador destacou que a escolha da batata-doce como objeto de estudo e foco da tecnologia se deve a vários motivos. “A batata-doce é uma planta incrível, pertencente a um gênero com mais de 600 espécies, mas é a única capaz de fornecer um alimento altamente nutritivo para os seres humanos”, explicou.

A produção de batata-doce na Bahia está em ascensão, com várias cidades liderando a produção e um mercado em expansão. As condições climáticas, o alto consumo interno e o potencial de exportação tornam a batata-doce uma cultura promissora para os agricultores e um alimento saudável para os consumidores baianos.

Ascom Seagri

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