Com a transformação digital, o trabalhador agrícola também precisou se reinventar. Os novos equipamentos tecnológicos passaram a substituir o trabalho braçal e o agricultor foi levado à cabines operacionais.
Tudo passa a ser automatizado. Logo, não é mais necessário que o agricultor escolha pessoas para o trabalho in loco, supervisione a lavoura, meça a qualidade do solo ou estime o melhor dia para o plantio.
Através de drones é possível acompanhar o crescimento da plantação e todas as informações chegam à tela do operador em tempo real, podendo controlar as operações à distância.
De acordo com o último Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente 1,5 milhão de produtores rurais acessam dados por meio de dispositivos eletrônicos, número 1.900% superior ao de 10 anos atrás, o que revela boa adesão às soluções digitais.
As fazendas conectadas, entre tantas outras tecnologias, têm feito uso da Internet das Coisas (IoT), o que possibilita uma conexão entre máquinas e uma troca de dados imensurável.
E neste momento, entra a importância do novo trabalhador rural, que deve saber operar as máquinas, monitorar telas, verificar quando e onde é preciso fazer ajustes e intervenções, e até mesmo ler os dados obtidos por Big Data.
Além do mais, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento, 92% da cana é cortada por máquinas, sendo que em 1980, toda a colheita da cana-de-açúcar no Brasil era feita por bóias-frias.
Portanto, com as novas tecnologias há mais conforto (em cabines operacionais) e segurança, já que é possível substituir a presença física pelo manejo de equipamentos à distância que realizam trabalhos de risco, a exemplo de pulverização.