Muitas pessoas não compreendem ou até mesmo desconhecem os stims, comportamento tão comum no autismo. Porém, a pessoa autista, muitas vezes, sente a necessidade de usá-lo para conseguir lidar com certas situações.
Esses comportamentos podem ser uma forma de autorregulação, alívio do estresse ou expressão de interesse ou desconforto.
Para algumas pessoas autistas, podem ainda servir como uma forma de comunicação não verbal. Eles podem transmitir emoções, necessidades ou interesses, funcionando como uma linguagem corporal única e pessoal.
São exemplos de stims:
- mexer rapidamente os braços;
- estalar os dedos;
- repetir sons ou palavras;
- balançar o corpo para frente e parar trás;
- girar objetos repetidamente
- folhear as páginas de um livro
- enrolar uma mecha de cabelo entre os dedos
- passar a mão nas coisas pra sentir as texturas
Cada pessoa tem necessidades sensoriais específicas, então, isso varia de pessoa pra pessoa e de situação pra situação.
Os stims devem ser interrompidos?
De acordo com a National Autistic Society, do Reino Unido, por ser uma forma forma de reduzir o estresse, os stims não devem ser interrompidos ou reduzidos. Pois pode ter um impacto negativo no bem-estar emocional da pessoa autista, aumentando o estresse e a ansiedade.
Em vez disso, é importante oferecer um ambiente de apoio e compreensão, onde os indivíduos autistas se sintam livres para expressar seus stims de maneira segura e sem julgamentos.
No entanto, essas manifestações às vezes podem ser autolesivas, por exemplo, bater a cabeça ou se coçar. Nesses casos, pode ser necessário interromper ou redirecionar o comportamento.
Catraca Livre