Queremos que nossos pequenos sejam educados financeiramente e que nas rodas de conversa se destaquem por saber falar sobre ações, bitcoin e o valor do dólar. Essa é a parte rasa que impressiona e que deixa muitos pais orgulhosos. Talvez você, de boa-fé, pense que educação financeira seja isso. Tudo bem se você pensou ou pensa assim. Ninguém nasce sabendo, não é mesmo? Mas a verdade é que Educação Financeira Infantil é um trabalho muito mais delicado e emocional do que racional.
Dinheiro só flui para quem entende seu movimento. E esse movimento é interno e individual.
A criança precisa primeiro ligar os pontos do saber. Saber o que sente, porque sente e quando sente. Precisa dar um mergulho profundo nas crenças que inconscientemente ela traz no seu DNA financeiro.
Precisa aprender a inspirar, respirar e encontrar o ponto de equilíbrio.
Educação Financeira Infantil não é matéria exata. Não é matemática e moedas no porquinho. Educação Financeira Infantil é um universo de assuntos correlacionados onde cada criança demonstra sua própria necessidade.
Você agora deve estar pensando: -Valei-me, minha Nossa Senhora dos endinheirados, como é que eu ensino essa tal educação financeira em casa?
Ensine exercitando o olhar atento. Conheça a linguagem de amor do seu filho, saiba qual é o seu temperamento e deixe que ele seja o guardião da conta de luz. Coloque a criança para fazer a lista de compras e observar quanto tempo de consumo dura determinado produto.
Educação Financeira Infantil não passa pelo campo da complexidade numérica. Passa pelo campo do autoconhecimento. Pelas raízes profundas do “EU” em desenvolvimento.
E se você pensou que ele não vai aprender sobre dividendos, juros sobre juros e longo prazo, se enganou redondamente. Ele vai, sim, saber dividir, multiplicar e racionalizar. Na Educação Financeira Infantil trabalhamos o todo integrado.
Por hoje, salvem a rainha, que continua linda estampada na libra esterlina.