Terminou o ano, está aliviado?

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30 mil mensagens tinha em um único grupo de whatsapp que participo. Todas de 2020. Deletei, limpei a caixa para começar do zero. E ainda tem a parte dos emails para serem excluídos. Aqueles que a gente guarda achando que vai precisar um dia. É praxe de final de ano a gente ir para as gavetas, o computador e limpar tudo que guardou e não serve mais. É como um ato de continuidade na despedida do ano que foi embora. E eu imagino que, assim como foi para mim, aconteça com todos uma sensação de alívio quando se elimina o desnecessário. É o mesmo sentimento de quando se “ataca” o quartinho dos fundos. Os estudiosos de exoterismo dizem que quando se pratica este desapego, se abre espaço para novas energias.

Invariavelmente o ano termina com o balanço do que foi feito ou não. E com a lista de metas para o próximo ano. As vezes, se transfere o que não foi realizado anteriormente, para o próximo. E a lista acaba ficando maior do que se imaginava. Nos últimos anos tinha deixado de lado a ideia de fazer metas. Ir ao sabor do vento, como se diz, para não criar a angústia da cobrança de não ter cumprido com elas. Mas 2020 me ensinou a ter mais disciplina em vários setores. Buscar dar foco no que é mais relevante e deixar as “distrações” de lado.

Tudo o que a gente cria, projeta construir é importante. Mas precisamos hoje nos perguntar se isto está dentro do nosso propósito como pessoas unitárias e pessoas comunitárias. Aquilo que eu faço para mim, para o meu prazer, para a minha realização e aquilo que em fazendo estas ações unitárias, vão refletir nas comunidades com as quais eu interajo. Não, não é a ideia altruísta de fazer pensando nos outros, mas vendo como isto se insere e influencia no todo.

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Neste 2020, dentro de todo o cenário que enfrentamos e ainda vamos enfrentar, ganhei este espaço no Gazeta News e outros em rádios, onde lancei o programa Depois da Porteira. E por conta destes espaços, precisei buscar o meu propósito enquanto Agrojornalista. E, além disto, dar foco nas ações que são mais relevantes para cumprir com o planejado.

Dizem também que este é o tal planejamento estratégico que todas as empresas fazem. E, para o momento atual, onde a produção de alimentos está cada vez mais competitiva, produtores rurais ou empresas rurais, deveriam fazer, se já não o fazem. É um bom norte para evitar despender energia com o que é menos relevante. E isto nos torna mais produtivos em qualquer das tarefas que escolhamos fazer como, por exemplo, limpar tudo o que ficou inútil do ano passado. E então, mudamos a folhinha da parede?

Terminou o ano, está aliviado?

 

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