Desde os primeiros acessos à universidade, a cultura da preferência pelo estudo da medicina sempre esteve presente na vida das famílias brasileiras. Ainda hoje, o curso e seus afins, estão em primeiro lugar no ranking das maiores e melhores universidades do país. Pois bem! De onde vem esse interesse? Qual tem sido a influência dos pais no momento de decisão na escolha da carreira dos filhos?
A reflexão dos familiares sobre esse assunto tem dividido opiniões. Alguns, afirmam não interferir, são conscientes de que trabalharam na educação do filho, para que no auge dos seus 17 anos, às vésperas de atingir a maioridade, seja capaz de decidir que carreira pretende seguir. Em contrapartida, sentem-se frustrados ao serem surpreendidos com escolhas que estão aquém de seus sonhos ou expectativas para o futuro promissor dos seus.
À primeira vista, pode parecer algo banal, contudo, a possível insatisfação dos pais, gera no jovem estudante uma alta carga de tensão e ansiedade. A psicóloga e orientadora vocacional Rosane Levenfus, docente na Projeto do curso Estudos Avançados em Orientação Vocacional Ocupacional e autora de três livros que abordam e tema vestibular, afirma que o desejo dos pais exerce grande peso na escolha do filho e tal posicionamento pode refletir de diversas formas.
Manter-se imparcial nesse momento é algo extremamente complexo, uma vez que vêm à tona as experiências de sucessos e fracassos ao longo da vida e o anseio pela satisfação pessoal e profissional dos seus descendentes.
Todavia, é importante que pais e filhos analisem juntos, as vantagens e desvantagens da carreira a seguir, que fique claro que o sucesso de uma sociedade não se dá apenas com médicos e sim pelas múltiplas habilidades oferecidas. E que o bom profissional é aquele apaixonado pelo que faz.
Texto da colaboradora Daniela Antunes
Pedagoga e Bióloga especializada em Gestão e Orientação Educacional
Excelente matéria. No ponto, com uma abordagem simples e direta.
Parabéns.