Tambores de Guerra soam no leste e o agro sofrerá as consequências

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Estamos em 2022 e não é possível ver qualquer evolução no ser humano. Temos civilização com mais de 10 mil anos de existência e ainda assim, a alma humana não consegue resolver suas diferenças sem lançar mão das guerras ou, pelo menos, das ameaças de guerras. Estamos tentando sair de um grave choque para toda a população, que foi a pandemia de Covid, onde milhares morreram ao redor do mundo, de onde, por conta do seu impacto, centenas de pessoas afirmaram e afirmam que querem uma vida diferente, com mais humanidade entre todos e o que temos agora? Tambores de guerra tocando no leste europeu.

Sem entrar na discussão de quem está certo, o fato é que só a ameaça ou possibilidade de um conflito já está gerando especulações sobre os preços de vários insumos necessários para a produção de alimentos aqui no Brasil. E, se efetivamente acontecer o conflito, teremos problemas de abastecimento de fertilizantes, petróleo, trigo, entre outros produtos. Muito provavelmente os corredores logísticos estarão comprometidos, dificultando ainda mais a vinda e ida de mercadorias necessárias para a produção agrícola ou para o fechamento de negócios contratados.

A crise em si, pode não explodir em guerra, assim espero, mas as consequências já são sentidas. Uma das regras de ouro do mercado é a estabilidade. Ambientes nervosos deixam investidores, negociadores, inseguros com o futuro e isto traz como consequência, recuos nos negócios e aumento de custos para todos os lados. Basta ver que já especulam que o barril de petróleo vai aumentar. Este reajuste traz todo um aumento na cadeia de produção que depende desta matéria prima. E ela é vastíssima.

Além dos insumos que ficarão mais caros do que já estão, o agro vai pagar uma boa parte desta conta porque terá dificuldades para exportar produtos, manter a produção de alimentos e, quando se tem pouco alimento, se tem uma insegurança alimentar. Não quero ser dramático, longe disto. Mas a realidade está se impondo de maneira muito forte. E então, vem a pergunta. Existe algo que o setor possa fazer em relação a esta situação?

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Talvez sim. Talvez, através de todas as entidades que atuam no setor, buscar seus pares no mundo para procurar incentivar o diálogo entre todos, porque se a guerra acontecer, a perda será grande, em todos os sentidos. Agro pode ser paz, porque é alimento, é vida. E o homem precisa aprender que não é fazendo guerras o melhor caminho para atender o seus desejos.

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