Você confiaria em uma divisória na sua casa que não fosse em alvenaria?

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Você conhece os blocos cerâmicos, não é mesmo? Aqueles velhos e famosos tijolos que tem oito furos (mas também podem ter seis, nove, entre outros formatos) que usamos para fazer paredes. Sei que você sabe do que estou falando!

Esses blocos são usados no Brasil desde o final do século XIX, quando foram importados pelos franceses (segundo Julio Cesar Bellingieri) para a construção da cidade de São Paulo. Desde então o material se difundiu no país e ficou popularizado, pois combina muito bem com nosso clima: tem propriedades para manter o local fresco no verão e tem uma significante resistência as movimentações que nossos solos sofrem (isso mesmo, escrevi solos no plural, uma vez que nosso país é enorme e temos vários perfis de solo no mesmo), sem contar que acarreta uma manutenção relativamente pequena. E assim temos hoje a maioria das construções no Brasil em concreto armado (aço + concreto) com vedação em blocos cerâmicos.

Maaaas, nem só vantagens vemos nesse material. Para a execução de uma parede em blocos cerâmicos precisamos “grudar” (forma leiga de se explicar o assentamento de tijolos) os tijolos com argamassa e conferir o alinhamento, prumo, amarração e o esquadro nos encontros da mesma. E quando sobra um vão ou uma fresta entre o topo da parede com a viga acima, fazemos o enchimento (encunhamento) com espuma expansiva. Só que em todo esse processo temos desvantagens como: uso considerável de água (recurso finito), geração de entulhos (resíduos sólidos que muitas vezes não são descartados de forma correta), necessidade de muitos colaboradores in loco para fazer a atividade de forma rápida, entre outras não citadas aqui.

Pensando nisso, novos materiais estão ganhando vez no mercado da construção civil brasileira, materiais que outrora não ganharam espaço por sermos um povo muito conservador e receoso com inovações. Apenas um exemplo dessas inovações é o drywall. Já ouviu falar dele? Tenho certeza que não tanto quando os velhos tijolos….

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Você confiaria em uma divisória na sua casa que não fosse em alvenaria?

O drywall nada mais é que um gesso acartonado, é uma placa de gesso pré-fabricada, encapada com papelão ou fibra de vidro e que pode ser fixada em estruturas de aço galvanizado. Foi criada nos EUA, país onde é muito usado e veio pro Brasil há uns bons anos… mas sua popularidade está aparecendo agora no nosso país, pois as pessoas estão conhecendo mais o material e considerando suas vantagens.

Você confiaria em uma divisória na sua casa que não fosse em alvenaria?

Entre esse material e a alvenaria tradicional, temos como vantagem: um sistema de construção a seco, ou seja, usa muito menos água para sua execução e fabricação. Pode receber tratamento acústico e térmico (lã mineral – Isover), é um recurso de design para criar paredes e tetos personalizados, é de rápida instalação e modificação e é necessário poucos profissionais para fazer sua execução.

A desvantagem mais considerada é a forma como damos manutenção no nosso imóvel que usa esse tipo de vedação. Mesmo tendo opções de placas resistentes a água, o contato direto e constante com ela deve ser evitado, para não causar desgaste do material.

Mas isso fica para a próxima matéria!! Agora que já conhecem o material, que tal repensar sua próxima reforma? Quem tiver dúvidas, pode mandar que estarei à disposição para sana-las!

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