O cenário da infraestrutura para a educação pública no Brasil é triste. Por várias fontes se houve sobre a dificuldade de manutenção de uma sala de aula, um prédio ou mesmo uma área de lazer para os estudantes. E tanto faz se são cursos normais ou profissionalizantes. Ou ainda, faculdades das universidades públicas. Todas sofrem com grande carência de recursos.
Recentemente visitei a Escola Técnica de Agricultura, de Viamão, RS. Instituição que tem mais de 100 anos e responsável pela formação de milhares de técnicos agrícolas no RS. Foi triste constatar as condições dos prédios e da infraestrutura na qual se encontra a escola. Para o setor produtivo ela tem fundamental importância. Recebe alunos de vários lugares e situação econômica. Uma boa parte mora nos ranchos que foram construídos ao longo do tempo, porque não têm condição de ir e voltar para suas casas com frequência. Entram na escola em busca de um futuro diferente da realidade que têm.
Muitos que saem dali, retornam como professores, os abnegados. Fazem de tudo para ensinar seus alunos, com os poucos recursos que possuem.
São meninos e meninas que buscam uma formação para atuarem ou na propriedade das suas famílias ou em outras, mas sempre em agropecuária. Alguns seguem caminhos em empresas privadas ou nas de extensão rural. Mas acredito que aprendem porque têm vontade e esforço, pois as condições materiais são poucas.
Conversei com um professor já aposentado. Disse que em geral estas escolas sofrem com toda a sorte de carências. E dependem muito do relacionamento do seu corpo diretivo com a comunidade para saná-las. Um pai empresta um trator, uma empresa doa sementes, outra patrocina estufas para as aulas de horticultura e assim vão.
Pensando nisto tudo, não pude deixar de me perguntar: Porque o ensino público é tão abandonado? Porque enfrentam tantas dificuldades para realizar esta tarefa tão importante que é o ensino? Porque o agro não cria ações para auxiliar estas escolas? Uma coisa é certa. É uma realidade que precisa mudar!
