Vocês já perceberam como cresceu o número de eventos focados em startups? Mas o que é uma Startup? É uma empresa inovadora, que se baseia em tecnologia e visa resolver uma dor de mercado. Hoje, no Brasil, o universo das startups é crescente e muitas delas já atingiram centenas de milhões de reais em valor de mercado. Além de possibilitar intenso crescimento financeiro ao empreendedor(a) e sua equipe, as startups também têm grande potencial de crescimento da nossa economia, transformando o mercado e melhorando a vida dos consumidores.
Segundo levantamento da Associação Brasileira de Startups, somente com foco para o agronegócio existem quase 1.800 empreendimentos e grande parte deles voltados para soluções no dentro da porteira. Diversas empresas e universidades criaram seus polos de acolhimento destas empresas com foco em apoiar o desenvolvimento das inovações que elas trazem. Há competições com prêmios para aquelas que apresentam as melhores soluções para um determinado tema.
Recentemente, durante a Expointer, uma das principais feiras agropecuárias do País, que acontece no Rio Grande do Sul, foi realizado um evento focado neste público, buscando mostrar aos participantes (produtores) às soluções propostas pelas startups ali presentes. Foi interessante observar que uma boa parte dos empreendimentos propõem soluções a partir de uma possibilidade de que os produtores precisam resolver aquele problema. E isto demonstra um certo distanciamento entre a tecnologia e o conhecimento sobre as demandas do campo. Ou mesmo sobre como está hoje o produtor em termos de ser receptivo à novas tecnologias. E não falo somente em relação a aprender a usá-las, mas também, ter infraestrutura para adotá-las na propriedade. Isto significa ter sinal de internet, pessoas com conhecimento escolar para absorver a informação, entre outros itens.
Mas chama também a atenção o número de novos empreendedores, de pessoas que têm uma ideia na cabeça e um sonho na mão, lutando com todas as forças para serem percebidos e escolhidos por investidores que possam levar este projeto adiante e assim, realizar o sonho deste empreendedor. E não são somente jovens que estão neste mercado. Há pessoas de todas as idades em busca desta “fama”. As vezes este cenário parece um pouco com aquela frase religiosa. “Muitos serão os chamados, poucos os escolhidos”. Mas o que acontece com aqueles não escolhidos? Os que não encontram um “padrinho apoiador” para seus sonhos?
Há muitos programas incentivando o empreendedorismo, mas não sei se eles chegam a questionar os candidatos para saber se a pessoa está ali porque “tem uma vocação para” ou é simplesmente uma falta de outra oportunidade para se colocar no mercado de trabalho? Talvez esteja aí, um bom questionamento a ser feito.
