A radiação UV além da pele: como ela afeta a visão?

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Os raios ultravioletas podem provocar graves danos aos olhos, causando quadros de catarata, foto conjuntivite, fotoqueratite, degeneração macular, entre outros

Com a chegada do verão e das festas de fim de ano, as conversas sobre os cuidados com a exposição solar costumam ser cada vez mais frequentes nas rodas de amigos. Muito se fala a respeito da importância de proteger o corpo contra os raios solares nocivos, porém os cuidados não devem ficar restritos à pele, sendo necessário lembrar que os raios UV também podem prejudicar os olhos e a visão.

De forma técnica, a luz emitida pelo sol é composta de ondas eletromagnéticas de diferentes comprimentos, sendo o conjunto dessas ondas conhecido como espectro luminoso. A luz que conseguimos ver a olho nu é apenas uma pequena parte de toda a luminosidade emitida pelo sol, de modo que algumas outras luzes, como a ultravioleta, não são percebidas pelos sentidos humanos. E é nesta radiação que mora o perigo. “A luz ultravioleta, também conhecida pela sigla UV, pode causar diversos danos à saúde, como queimaduras em diferentes graus, manchas na pele, alergias, envelhecimento precoce, rugas e até mesmo câncer”, afirma Francisco Irochima Pinheiro, Doutor em Ciências da Saúde e Professor Adjunto das disciplinas de Oftalmologia e Cirurgia Refrativa.

A pele não é o único órgão afetado pela radiação ultravioleta, ela também pode causar sérios danos aos olhos e à visão, provocando quadros de catarata (quando o cristalino perde a sua transparência e o paciente passa a enxergar de forma opaca), fotoconjuntivite (inflamação da conjuntiva), fotoqueratite (inflamação da córnea) e degeneração macular (lesão que afeta a parte central da retina e pode levar à perda total da visão). Segundo dados de 2014 do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA, a cada 1% de perda da camada de ozônio (proteção natural da Terra contra raios UV, que está sendo destruída por atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis), cerca de 50 mil novos casos de câncer de pele e 100 mil novos casos de cegueira originados por catarata surgem em todo o mundo.

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Sendo assim, uma das melhores formas de proteger os olhos dos efeitos nocivos da luz solar é por meio do uso de óculos com filtros UV. Essa camada protetora, que pode ser aplicada em óculos de grau e de sol, previne que os raios ultravioleta atinjam os olhos, oferecendo mais conforto e segurança ao utilizador.

A proteção UV não deve ficar restrita aos óculos de adultos e idosos, também sendo importante para bebês e crianças. “Além do uso de filtros solares, chapéus e roupas especiais, os óculos com filtro UV também devem fazer parte da mala dos bebês e crianças, que por conta da pouca idade, correm ainda mais riscos de sofrerem danos oculares, já que seus cristalinos possuem um grau maior de transparência”, complementa o Doutor Irochima.

Uma das maneiras mais eficazes de proteger os olhos da radiação UV está no uso de lentes com tratamentos adequados. Atualmente, é possível encontrar diferentes opções de óculos bloqueadores no varejo óptico, tanto para as variações de raios UVA (responsáveis pelo envelhecimento acelerado), quanto UVB (contribuem para as queimaduras solares, ardências e alergias).

Esses tratamentos aplicados nas lentes podem ser separados em duas categorias: os essenciais e os avançados, a última contemplando camadas de proteção que repelem substâncias como poeira e gordura, e em alguns casos protegem a lente até mesmo contra fissuras. São tratamentos comumente adotados por pessoas que utilizam os óculos constantemente ou fazem questão de um alto nível de nitidez para a sua visão. Já os tratamentos essenciais costumam incluir uma tríade fundamental de proteção para os óculos: antirrisco, antirreflexo e 100% de bloqueio dos raios UV. Estes são tratamentos indispensáveis e que garantem a nitidez das lentes e a saúde do usuário.

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NR7

 

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