Antes de escrever o roteiro do novo filme Alien: Romulus, Fede Álvarez foi muito claro sobre duas coisas. A primeira é que ele queria rostos novos e quase desconhecidos no filme.
“Eu não queria rostos que as pessoas associassem a outros papéis. Eu não queria ninguém super famoso”, admite o cineasta ao SensaCine. “Os melhores filmes que eu me apaixonei por assistir quando criança nunca tiveram uma estrela. Você não sabia quem era ninguém.”
A segunda é que o novo Alien seria uma história independente do resto da franquia. “Isso é injusto com as novas gerações de hoje. Fazer um filme e: ‘Ah… se você não viu todos os outros, você não vai realmente gostar.’ Eu acho isso injusto. Eu queria que fosse uma história independente, com novos personagens que não exigissem ter visto os outros.”
O resultado do trabalho de Álvarez no roteiro e por trás das câmeras em Alien: Romulus chega aos cinemas brasileiros em 15 de agosto. Esta parcela, ambientada entre Alien, o 8º Passageiro (1979) e Aliens: O Resgate (1986), acompanha um grupo de meninos e meninas que acabam em uma estação espacial abandonada.
Um dos desafios de Alvarez no desenvolvimento da história foi encontrar “o subgênero dentro do gênero”, inspirando-se em seu próprio trabalho de 2016, O Homem nas Trevas.
O filme é um thriller de terror em que um grupo de jovens entra furtivamente na casa de um cego para roubá-lo. O que não esperavam é que, uma vez lá dentro, eles teriam que lutar por sua sobrevivência.
“É como um filme de assalto, um filme de roubo: um grupo de pessoas que sabe fazer algo, que vai roubar algo de algum lugar e as coisas são mais difíceis do que imaginam”, resume. “Quando descobrimos isso, nos deu um caminho claro sobre como criar a história.”
Como ele acrescenta: “Para mim, pessoalmente, como diretor, é sempre uma lição de cinema. É a melhor lição que você pode ter sobre como fazer suspense ou como fazer terror e [este] é um filme de terror e ficção científica.”
Fonte: Adoro Cinema | Por Nathalia Jesus
