O dólar em 2020, alcançou valorização cambial de 45% frente ao real, chegando a ser cotado a R$ 5,94, o que trouxe muitas incertezas para o agronegócio brasileiro.
Apesar disso, muitos especialistas ainda acreditam que o momento é favorável para a produção agropecuária do País e alertam que o produtor deve ficar atento ao mercado mundial.
Isso porque, a curto prazo, a alta do dólar pode ser extremamente favorável aos produtores e exportadores que tiveram os valores das commodities afetados.
No entanto, no médio e longo prazo, a alta do dólar terá reflexos nos insumos das atividades do agronegócio, o que impactará diretamente os custos de produção e ajustes nos preços, podendo afetar negativamente o valor final.
Logo, consideradas como bases da competitividade do agronegócio, o gerenciamento e a eficiência não podem ser negligenciados.
E mesmo que a variação cambial, de uma forma geral, possa ser positiva, a tendência pode provocar efeitos negativos avassaladores para o produtor que não souber aproveitar o momento.
Portanto, o produtor não deve esperar o dólar subir ainda mais para vender.
“Fique atento ao mercado: quando surgirem notícias sobre tratamentos e vacinas, será o momento de travar os preços”, disse o diretor da ARC Mercosul, Matheus Pereira, durante o Fórum Soja Brasil, realizado na 21ª Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS).