O atraso de linguagem é caracterizado como um distúrbio da comunicação que atinge crianças levando à ausência ou retardo no surgimento da fala. Os estágios para aquisição da linguagem passam pelo balbucio (emissão dos primeiros sons), primeiras palavras, expansão do vocabulário, primeiras frases e domínio das estruturas sintáticas e morfológicas.
Existindo a presença de um ambiente saudável com práticas que estimulem a fala da criança a linguagem tende a se desenvolver dentro do esperado. A escola é um local formidável onde as atividades lúdicas, convívio social e perfil didático favorecem o processo de aquisição. Acontece que com a chegada da pandemia no início de 2020 as aulas foram suspensas, fato que perdura até os dias de hoje em diversos municípios do país.
O que é possível ver na prática são crianças, especialmente dos 2 aos 5 anos, com uma certa limitação no vocabulário linguístico. A ausência das aulas presenciais restringe o convívio social, o contato mútuo das crianças e a realização de práticas que realizadas diariamente estimulam a comunicação.
No consultório fonoaudiológico observa-se um crescimento do número de crianças com atraso na fala. O índice aumenta quando além de não frequentar a escola o menor é filho único ou não tem contato com outras crianças. Dessa forma, é possível evidenciar que um ambiente familiar estimulante juntamente com a frequência à sala de aula possibilita maior desenvolvimento social e intelectual da criança favorecendo a aquisição da linguagem.
