Na última quinta-feira (4), o município de Luis Eduardo Magalhães, no Oeste da Bahia, foi palco do lançamento da 18ª edição da Bahia Farm Show. A expectativa dos organizadores é que a feira supere o volume de negócios da edição anterior.
Realizada em uma das regiões mais produtivas do Matopiba, o lançamento da edição de 2024 da feira reuniu produtores, autoridades e convidados no auditório da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), no complexo onde acontece a Bahia Farm Show. Considerada a maior feira de tecnologia agrícola do Norte e Nordeste do país, neste ano foi anunciado a ampliação e melhorias na estrutura do complexo para visitantes e expositores.
Os organizadores estão otimistas e esperam bater mais um recorde em volume de negócios. De acordo com o coordenador do evento, Luiz Antonio Pradella, 450 expositores já estão confirmados, além disso, mais de 100 mil visitantes são esperados. “Isso demonstra que quem quer vir aqui, quer fazer o seu negócio acontecer. Então, é parque lotado de expositores e com certeza de pessoas, de visitantes para fazer negócio também”, disse.
Em 2023, foram mais de 8,2 bilhões em volume de negócios. Durante coletiva de imprensa, Odacil Ranzi, presidente da Aiba e da feira, falou sobre as projeções para a 18ª edição. “Nós temos que ter o otimismo com a gente, olhar o horizonte então, olhando o horizonte de crescimento que nós temos aqui no Oeste da Bahia, nós não podemos tirar o pé do acelerador. Nós temos que vir aqui fazer negócios, não temos que pensar pequeno”, enfatizou Ranzi.
Outra importante novidade é o tema, “Agro, herança do Brasil”, que coloca em discussão a sucessão familiar com foco em um futuro mais sustentável e ainda mais produtivo. “Esse tema “Agro, herança do Brasil”, inclui a sucessão familiar, inclui que o agro é família, que estão todos envolvidos nesse processo produtivo, e eu fiquei muito feliz com a aprovação do tema, que é muito palpitante.”, completa o presidente da Aiba, Odacil Ranzi.
Desafios
Apesar do cenário desafiador que o setor vem enfrentando nos últimos meses, os realizadores reafirmaram o compromisso do produtor brasileiro em se reinventar e superar os desafios impostos pela baixa rentabilidade e altos custos de produção.
De acordo com Moisés Schmidt, vice-presidente da Aiba e Bahia Farm Show, o evento ajuda o produtor a refletir para a tomada de decisão e citou também alternativas para sustentabilidade dos negócios como a verticalização da produção agrícola.
“O agronegócio sempre está se reinventando. vale ressaltar que em momentos de crise são berços de inovação, são berços de diversificação, são berços de buscar algo inovador dentro da sua atividade, para realmente você se tornar rentável ou permanecer no seu mercado. então, momentos como esse fazem o produtor refletir, fazem o produtor pensar mais de uma vez em qual é o próximo passo. Será que eu estou no caminho certo? E quando se fala em verticalização, isso já é realidade no agronegócio do Oeste, isso já é realidade no agronegócio brasileiro.”
Impasse logístico
Além disso, a região enfrenta um impasse logístico, devido aos cancelamentos de voos no aeroporto de Barreiras que podem impactar a feira. De acordo com Luiz Rezende, representante da Secretaria de Agricultura da Bahia (Seagri), tratativas devem ser tomadas para resolver o problema.
“Sem dúvida o governo do estado vai sentar com a Aiba, com as diversas associações que compõem aqui a região Oeste, porque é um problema que pode impactar também na feira e que a gente, claro, tem que assumir junto com todos. Apesar de ser uma decisão de uma empresa específica, nós também não podemos apenas deixar essa decisão e não buscar uma solução para a mesma. Temos que buscar devido à importância que é a Bahia Farm Show para o estado e para o agronegócio da Bahia.”, disse.
Para o prefeito Junior Marabá, o município tem estrutura para ser uma alternativa para o evento. No entanto, de acordo com ele, o aeroporto da cidade está sob concessão do estado o que impede a operação pela prefeitura.
“Nós temos total condição, quanto a município, de fazer esses investimentos junto à estrutura do terminal para que nós possamos receber essas companhias que têm interesse até mesmo para colocar ATR e boeing para atender uma demanda reprimida que nós temos.”, conclui o prefeito.
Fonte: Canal Rural | Por Vinícius Ramos