Bahia lança Selo Lilás para empresas que valorizam as mulheres no ambiente de trabalho

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Após o lançamento do programa, um edital com os critérios de análise para certificação

O respeito e a valorização da mulher no ambiente de trabalho é uma exigência do mundo contemporâneo, mas também um critério de certificação de boas práticas empresariais, de acordo com padrões internacionais que avaliam se uma empresa é ecologicamente responsável, socialmente consciente e corretamente gerenciada. Nesse sentido, o Governo do Estado, através da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres (SPM), lança o Selo Lilás, que vai reconhecer e certificar as empresas que promovem o enfrentamento da desigualdade de gênero no ambiente de trabalho.

O Selo Lilás tem por finalidade contribuir para a eliminação de todas as formas de discriminação de gênero, no que se refere ao acesso, remuneração, ascensão e permanência no emprego, por meio da conscientização, da sensibilização e estímulo de empregadores e colaboradores na prática de gestão das pessoas e de cultura organizacional que promovam a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no ambiente laboral.

Bahia lança Selo Lilás para empresas que valorizam as mulheres no ambiente de trabalhoA iniciativa vai contribuir para que empresas baianas adotem, efetivamente, políticas de igualdade de gênero e atuem na defesa das mulheres contra a discriminação, o assédio e a violência sexual, por meio de práticas inovadoras e programas educativos de promoção, valorização e defesa dos direitos da mulher no ambiente de trabalho.

A nova certificação não será concedida às empresas que tenham qualquer pendência com os órgãos de proteção aos direitos da mulher nas esferas federal, estadual e municipal, ou que possuam sócios condenados por crimes sexuais, de violência doméstica ou familiar.

Após o lançamento do programa, um edital com os critérios de análise para certificação será publicado no Diário Oficial e no site da SPM-BA, dentre os quais estão: a implantação de políticas antidiscriminatórias, de promoção da diversidade e de redução da desigualdade de gênero no ambiente de trabalho; criação de sistemas de reclamações e recebimento de denúncias para mulheres vítimas de assédio sexual e moral; promoção da igualdade salarial entre homens e mulheres que ocupem cargos ou funções iguais ou semelhantes; horários flexíveis para funcionárias gestantes ou lactantes; dentre outros itens.

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A certificação será dada às empresas que se inscreverem no edital, declarando as boas práticas relacionadas às mulheres em seus locais de trabalho. As empresas dos mais diversos portes e segmentos serão analisadas por uma comissão de avaliadora para constatar quais são suas iniciativas pela igualdade de gênero e como elas atuam para apoiar as mulheres de maneira significativa em seus segmentos. A comissão irá avaliar um conjunto de processos, projetos e políticas dessas empresas, que contemplem a promoção, a equidade e o bem-estar de suas funcionárias.

Bahia lança Selo Lilás para empresas que valorizam as mulheres no ambiente de trabalhoParticipação das mulheres no mercado de trabalho

A Bahia tem 48,6% mulheres na força de trabalho no mercado formal e informal e as desempregadas correspondem a 19,3%. Dentre as mulheres que estão fora dessas relações, compondo 51,4% desse mercado, estão aquelas que chegaram à condição de desalentadas, totalizando 11%, segundo pesquisa do IBGE/PNAD Contínua, de 2022. Esse é um cenário especialmente nocivo para a mulher porque, sem emancipação econômica, ela está mais vulnerável e sujeita à violência.

Contudo, participar da massa de trabalhadores não é o único problema para as mulheres. Outro quadro bastante comum no Brasil e na Bahia é o ganho salarial menor, seja pelo exercício de atividades de menor protagonismo, ou seja, pela falta de isonomia. As mulheres recebem cerca de 9% a menos do que os homens e sofrem para chegar aos postos de comando, conforme o IBGE. Isso traz um impacto grande, não só para as mulheres, mas para as suas famílias e para a economia brasileira e baiana, tendo em vista que 81% das casas no estado são mantidas pela força do trabalho feminino. O impacto é maior se considerarmos que 34,9% dessas famílias são monoparentais, o que representa aproximadamente um milhão de núcleos familiares liderados por mulheres, apontou pesquisa do SEI-SPM, em 2018.

COM INFORMAÇÕES: Ascom/SPM

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