Colheita do algodão traz boas expectativas de produtividade e mercado

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Em todo o estado, a previsão é encerrar a colheita com um total de 597 mil toneladas.

Com a colheita de algodão no oeste da Bahia, da safra 2022/2023, se estima que a região colha cerca de 592,4 mil toneladas de pluma, em uma área cultivada de aproximadamente 309 mil hectares. Em todo o estado, a previsão é encerrar a colheita com um total de 597 mil toneladas.

De acordo com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), com o auxílio do clima favorável, os produtores do Cerrado baiano esperam obter uma boa qualidade de fibra e confirmar a projeção de produtividade de 1.937 quilos de pluma por hectare, equivalente a 315 arrobas de algodão em capulho por hectare.

A previsão é de que o ápice da colheita seja atingido na região oeste a partir da segunda semana de julho. Já no sudoeste do estado, onde o plantio é realizado mais cedo e é caracterizado pela agricultura familiar, a colheita do algodão teve início no fim de abril.

O oeste da Bahia concentra 97,8% da produção da commodity no estado, enquanto os demais 2,2% são provenientes da região sudoeste. Neste ciclo, as duas regiões somaram 312,5 mil hectares, representando um aumento de 1,16% em relação a 2021/2022.

O presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, destaca que, do ponto de vista agronômico, o ciclo da safra pode ser considerado muito bom. No entanto, a remuneração do produtor tem sido um desafio. Ele ressalta que esta será uma safra com margens de lucro reduzidas, devido aos altos custos de produção.

“Tivemos os maiores custos de produção dos últimos 20 anos, em função dos preços dos fertilizantes, que foram impactados pela guerra na Ucrânia e pelo rescaldo da pandemia, com uma recessão mundial. Adicionalmente, os preços das commodities estão pressionados. O que pode amenizar um pouco essa conjuntura é a produtividade”, afirma Bergamaschi.

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No mercado do algodão, a comercialização da safra 2022/23 atingiu 66,44% em maio, ainda assim o preço é inferior ao registrado em abril, e mesmo com esse cenário de queda, alguns cotonicultores têm optado por “travar” novas vendas, uma vez com a colheita do algodão se projete um aumento da oferta, o que pode pressionar ainda mais as cotações.

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