A safra de grãos na Bahia em abril, foi estimada em 11,4 milhões de toneladas, o que representa um recuo de 5,8% (menos 708.708 t) na comparação com a safra de 2023, que teve recorde de mais de 12 milhões de toneladas, o melhor resultado da série histórica para o conjunto de produtos pesquisados.
Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, frente à estimativa de março, houve revisão positiva na safra baiana de grãos, que cresceu 0,9% de um mês para o outro (+103.480 toneladas).
Soja
A soja, principal produto agrícola baiano, que representa quase dois terços (65,8%) de toda a safra de grãos do estado, teve revisão positiva frente à estimativa de março, mas segue apresentando queda frente ao ano anterior.
Em abril, a previsão do IBGE é que, em 2024, a Bahia produza 7,53 milhões de toneladas de soja (7.532.100 t), 2,4% a mais que o previsto em março (7.353.000 toneladas), porém, 0,4% a menos que o colhido em 2023 (7.565.940 toneladas).
Milho
Já em relação às duas safras de milho, a previsão de 2024, na Bahia, é de queda frente ao ano anterior. Ainda de acordo com o IBGE, A produção baiana do milho 1ª safra neste ano deverá ser de 1.699.590 toneladas, 2,5% a menos do que o previsto em março (1.742.760 t) e 27,7% menor do que a safra 2023 (2.349.720 t).
De acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), as áreas plantada e colhida estão estimadas em 3,52 milhões de hectares (ha), com recuo de 0,3% em relação à safra de 2023. Assim, o rendimento médio esperado (3,25 toneladas/ha) da lavoura de grãos no estado da Bahia é de 5,6% aquém da safra anterior.
Outras culturas
De acordo com o IBGE, de março para abril, na Bahia, também houve importantes revisões para baixo nas safras 2024 de dois grãos: o algodão herbáceo e feijão. A previsão para a produção de algodão herbáceo caiu 1,0% e deverá ser de 1.763.775 toneladas em 2024 (ainda 1,3% superior à de 2023).
Já o feijão 1ª safra, teve queda de 14,8% na estimativa de safra, chegando a 121.650 toneladas (15,3% inferior ao colhido no ano passado). O maior crescimento absoluto continua o da cana-de-açúcar (+74.400 t, ou +1,4%), seguido pelo do sorgo (+47.970 t ou +42,3%, maior crescimento percentual) e pelo do algodão (+22.425 t, ou +1,3%).
A queda na produção de grãos na Bahia, em 2024, segue o previsto também para todas as áreas produtivas do Brasil. A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve ser de 299,6 milhões de toneladas neste ano, segundo a estimativa de abril. Isso representa uma redução de 5,0% frente à obtida em 2023 (315,4 milhões de toneladas).
Na comparação com a estimativa de março, porém, houve um aumento de 0,4% (mais 1,2 milhão de toneladas, de um mês para o outro). Mesmo com a previsão de colher 5,8% menos em 2024, a Bahia ainda deve manter a sétima maior safra de grãos do país.
Participação baiana poderá se concretizar em 3,8% do total nacional (frente a uma participação de 3,9% em 2023). Mato Grosso continua na liderança (28,0%), seguido por Paraná (13,4%) e Rio Grande do Sul (13,3%).
Fonte: Canal Rural | Edição: Vinícius Ramos