Como corrigir os maus hábitos alimentares criados durante a pandemia?

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Fatores ambientais e comportamentais influenciam diretamente na qualidade das refeições

A pandemia alternou rotinas pessoais e profissionais, e os hábitos alimentares estão entre os mais afetados pela nova conjuntura. Pedidos de fast-food por aplicativos, preparo de congelados e instantâneos nada nutritivos e inúmeras “beliscadas” passaram a fazer parte do cotidiano de quem precisou aderir ao teletrabalho ou ficou sem as opções com que podia contar antes da disseminação do coronavirus.

Contribuem para a piora do quadro de saúde geral a diminuição ou a suspensão da atividade física, além de horas a mais ao computador restringirem pequenos deslocamentos e movimentos dentro de casa. Ou seja: muita gente está comendo mal, mexendo-se pouco e adquirindo péssimos costumes, como almoçar e jantar no sofá ou em frente ao computador.

O tema dos hábitos alimentares na pandemia e no futuro chama atenção para a importância da nutrição comportamental, que vai muito além dos componentes do cardápio, considerando o ambiente em que o indivíduo está inserido e os sentimentos despertados na relação com a comida.

O noticiário diário da imprensa,  mostra a dimensão das mudanças trazidas pela crise sanitária, com destaque para o desemprego e o aumento de preços.

Pequenas alterações, repetidas até que se tornem rotineiras, podem surtir grande efeito. Estabelecer local adequado e horário para as refeições é fundamental. Reserve tempo para se alimentar com calma, sentado à mesa. Para quem come muito rápido, pousar os talheres no prato entre uma garfada e outra, enquanto a comida é mastigada, surte grande efeito. Com pausas bem marcadas e um ritmo de ingestão mais lento, o organismo consegue processar a sensação de saciedade, o que permite que menores quantidades de comida sejam suficientes para que se atinja a satisfação.

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Para aqueles que comem por impulso, o ideal é não colocar as panelas ou travessas na mesa. Melhor é ir até o fogão ou a bancada da cozinha para se servir — nesse trajeto, é possível se dar conta de que, muitas vezes, você continua a comer mesmo já não sentindo mais fome.

Abolir o consumo de “porcarias”, é praticamente impossível. Então, o melhor é orientar bem como compensar as pisadas em falso.

Segundo especialistas,  um ponto positivo da situação tão negativa que o mundo está enfrentando é que cozinhar se tornou um comportamento mais frequente. Entre as vantagens estão a garantia de saber que ingredientes estão sendo incluídos no preparo dos pratos e a valorização do momento como um cuidado dirigido a si próprio e à família.

A comida “de verdade” é um instrumento de afeto, muito longe do que significa recorrer ao que vem em “pacotinho” ou tem preparo “rapidinho”. A preparação dos alimentos pode se tornar uma “gastronomoterapia”, incluindo etapas de planejamento, organização, execução, fruição e armazenamento.

Alimentação equilibrada e balanceada promove uma imunidade fortalecida. Se conseguir manter a linha da comida de verdade, provavelmente teremos um futuro menos doente.

Reveja seu comportamento

  • Sofá e escrivaninha não são lugares para fazer as refeições. Procure se sentar à mesa, que deve ser preparada para aquele momento.
  • Avalie o seu comportamento alimentar: você assiste à TV ou mexe no celular enquanto está comendo? Concentre-se no ato de se alimentar e no que está ingerindo.
  • Problemas familiares não devem ser pauta para café da manhã, almoço ou jantar. Esses momentos devem ser prazerosos.
  • Gosta e sente saudade de ir a restaurantes? Invista na decoração em sua própria casa. A mesa poderá ficar muito mais atraente com louças novas, guardanapos coloridos e flores.
  • Dedique-se à preparação de alimentos saudáveis. A empolgação e o capricho envolvidos na montagem de uma lasanha ou torta de chocolate devem ser os mesmos.
  • Facilite seu dia a dia e dificulte as escapadas rumo a pacotes de bolachas no armário. Tenha porções de frutas picadas ou oleaginosas prontas para aquela fome que costuma surgir entre as refeições principais.
  • Higienize e armazene as verduras em potes na geladeira (coloque papel-toalha entre as folhas). Isso facilitará a montagem da salada nos dias mais corridos.
  • Explore o que você ainda não conhece. Existe uma imensa variedade de frutas, verduras e legumes. Experimente.
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Fonte Zero Hora

 

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