Conhecem a tal da matemática corporativa?

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Responda rápido. Como é que você tem 47 coisas na mão, tira três e sobram 50?

Tá difícil? Tá, vou te dar um tempo?

Achou a resposta? Não? Mas como, é tão simples?

Esta é uma teoria que foi criada no mundo corporativo e foi ensinada em uma das aulas do pós em marketing. Ah, é coisa de marketing. Não, é coisa do nosso do dia a dia.

E aí, encontrou a resposta? Não, não adianta googar! Bom, vamos lá. Tu chegas no trabalho já com 47 tarefas na tua agenda. Consegue resolver três durante o dia, mas no meio deste caminho, chegam mais seis. Resultado. No final do turno tens 50 tarefas para resolver no outro dia. Simples, não?

Em termos de matemática é bem simples, mas em termos de vida, não. Porque a pessoa que está sempre às voltas com esta conta, está, na maioria das vezes, angustiada e ansiosa e carregando uns ansiolíticos na carteira, porque não consegue “limpar” a lista da agenda. O volume de demandas a que somos submetidos diariamente geralmente é bem superior ao que se pode resolver, se formos olhar friamente os fatos.

A primeira vista creio que a solução para este problema diário é aumentar o número de pessoas para que as demandas possam ser distribuídas e cumpridas sem que paralisem os processos. Isto seria o cenário ideal e mais saudável a todos. Saudável e socialmente justo porque isto ofereceria oportunidade de trabalho para mais pessoas e favoreceria a economia como um todo. Até as empresas porque as entregas aconteceriam mais rapidamente, assim como o faturamento.

Mas não é assim que a banda toca. Desde a revolução industrial o pensamento dos processos produtivos de massa é mais por menos. E isto se tornou um mantra nas empresas de qualquer tamanho e, muitas vezes, nas nossas vidas. Em geral, sempre queremos mais, pagando menos. E, talvez por isto, temos um grande número de pessoas medicadas com antidepressivos e ansiolíticos.

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Num momento em que uma pandemia mexeu com uma série de conceitos e normas e trouxe para as pessoas o questionamento sobre o valor de se viver melhor, com mais qualidade, será que conseguiríamos conseguiríamos reduzir o ritmo desenfreado que levamos a vida, provocada pela busca de sobrevivência ou de atingir o monte Olimpo da glória e sucesso? Será que conseguiremos fazer com que não tenhamos todos os dias 47 coisas para resolver? Será que conseguiríamos quebrar com esta matemática corporativa?

Conhecem a tal da matemática corporativa?

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