Cooperativas são motores do agronegócio

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Está na história do agronegócio brasileiro. Com surgimento no Rio Grande do Sul, há mais de 100 anos, o cooperativismo é hoje um movimento já incorporado no sistema econômico do agro. Conforme a Organização das Cooperativas do Brasil, são mais de 1200 com atuação somente neste setor, envolvendo cerca de 1 milhão de cooperados e empregando 207 mil pessoas. O sistema cooperativo está espalhado por quase todo o Brasil e, somente no Paraná, estado onde elas têm grande força, o faturamento das Cooperativas em 2020 foi de R$ 110 bilhões. É no Brasil também que tem a sede da maior cooperativa de cafeicultores, com mais de 15 mil associados, a Cooxupé, de Guaxupé, MG.

Como em todo o sistema há problemas. Nesta trajetória, algumas tiveram que ser dissolvidas, foram absorvidas ou compradas. Porque o início foi feito com a participação dos associados, nem sempre experts em administração. Corrigido este problema, as que ficaram deram a volta por cima, se fortaleceram e hoje estão “surfando a boa onda”. Segundo o presidente da OCB, Márcio Freitas, isto acontece porque se profissionalizaram.

Mesmo sendo um modelo criado por e para os associados, onde a participação deles é essencial, é interessante saber que muitos deles estão consistentemente reclamando da sua cooperativa, da diretoria, da falta de assistência, de ouvir as demandas dos produtores. Dia destes ouvi que a cooperativa paga sempre x a menos pelo produto do cooperado, por isto, mesmo sendo associado, não entregavam a produção lá. E fiquei me perguntando porque isto acontece.

Em busca de uma resposta para saber se as cooperativas fazem pesquisa de satisfação/percepção junto aos seus cooperados, encontrei um profissional especializado neste tipo de pesquisa. Segundo ele, grande parte das cooperativas do Paraná faz este contato com os associados, até para parametrizar os planos estratégicos, as definições de investimentos, etc. E além de fazerem, chamam os associados para darem devoluções do que a pesquisa mostrou.

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Conforme ele diz, a pesquisa acaba sendo um instrumento de fala, de comunicação com o associado, porque muitas vezes, mesmo chamados para as assembleias, não se manifestam, não mostram suas contrariedades, por uma ou outra razão. De qualquer forma se existe este problema e ele parece bastante comum, parece que temos aí uma situação de “sinal amarelo” para as diretorias das cooperativas. Há uma insatisfação que precisa ser descoberta e resolvida para que não se perca um legado que é muito importante para todos, o da cooperação. Porque, afinal, a existência do cooperativismo é algo que tem que ser bom para os dois lados porque, afinal, a união faz a força sempre!

Cooperativas são motores do agronegócio

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