Descubra como a “shrinkflation” ou “reduflação” está impactando seus produtos de supermercado!

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Reduflação 101: A Economia dos Produtos de Supermercado Menores

Em meio ao aumento dos preços dos alimentos, você já percebeu que seus produtos de supermercado estão encolhendo? Esse fenômeno é conhecido como “shrinkflation” ou “reduflação” e tem sido uma estratégia utilizada por muitas empresas para proteger suas margens de lucro. Neste artigo, vamos explorar o que é a reduflação, como isso é contabilizado nos dados de inflação e o que acaba passando despercebido.

Quando você vai ao supermercado, pode notar que muitos itens, como pacotes de biscoitos, barras de chocolate e recipientes de sorvete, parecem menores do que costumavam ser. Isso não é uma imaginação sua, é um fenômeno real que tem impacto no seu bolso. As empresas, em vez de aumentarem os preços diretamente, reduzem o tamanho dos produtos mantendo o preço inalterado. Isso é uma forma sutil de aumentar os lucros, pois os consumidores pagam a mesma quantia pela redução da quantidade do produto.

Aqui está como isso funciona: imagine que você costumava comprar uma embalagem de biscoitos com 30 unidades por R$10,00. Com a reduflação, a empresa mantém o preço em R$10,00, mas agora oferece apenas 25 biscoitos. Nesse exemplo, você está pagando o mesmo valor por menos produtos. Essa estratégia é eficaz porque muitas vezes os consumidores não estão atentos às mudanças no tamanho das embalagens e acabam aceitando o aumento de preço de forma indireta.

Agora, você pode estar se perguntando como isso é contabilizado nos dados de inflação e o que acaba passando despercebido. A resposta é que a inflação é calculada com base em uma cesta de produtos representativa do consumo do consumidor médio. No entanto, quando ocorre a reduflação, o tamanho dos produtos é alterado, o que pode levar a uma subestimação dos aumentos de preços.

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Os índices de preços, como o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), são calculados com base em pesquisas que acompanham os preços de uma variedade de produtos e serviços. Essas pesquisas não consideram especificamente as mudanças no tamanho e na quantidade dos produtos, mas sim o preço de venda ao consumidor final.

Então, o que acontece é que a inflação medida pelos índices pode não refletir integralmente o aumento real dos preços que os consumidores estão enfrentando. Como resultado, a inflação pode ser subestimada, criando uma impressão errada de que os preços estão subindo menos do que realmente estão.

É importante ressaltar que a reduflação não é uma prática ilegal. As empresas têm o direito de ajustar os tamanhos dos produtos de acordo com suas estratégias de negócio. No entanto, isso significa que os consumidores precisam estar mais atentos e conscientes ao fazerem suas compras.

Para se proteger contra a reduflação, é importante comparar preços por unidade (como preço por quilo ou preço por litro) em vez de se basear apenas no preço total. Dessa forma, é possível identificar se há um aumento real nos preços ou se é apenas uma redução do tamanho do produto.

Em conclusão, o fenômeno da reduflação tem impacto direto no bolso dos consumidores. Embora essa estratégia de negócio permita que as empresas aumentem seus lucros de forma sutil, os consumidores acabam pagando o mesmo valor por menos produto. Quando não é considerada nos índices de inflação, a reduflação pode levar a uma subestimação dos aumentos de preços, resultando em uma falsa sensação de que a inflação está mais baixa do que realmente está.

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Portanto, ao fazer suas compras, fique atento às embalagens menores e compare os preços por unidade para garantir que você esteja tomando decisões informadas. Lembre-se de que nem sempre o preço é a única medida importante, é preciso considerar também a qualidade e o valor agregado dos produtos que você está comprando.

FONTE: https://www.nytimes.com/2024/03/01/business/economy/shrinkflation-groceries.html

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