Nos últimos tempos, com todas as incoerências nas punições ou não punições, atribuídas a políticos corruptos, empresas que sonegam impostos e todas as outras coisas mal feitas no país, se usa muito o jargão “tudo acaba em pizza”. Mas vamos combinar que pizza é muito bom pra ser usado nessas situações.
Hoje (10) é o dia mundial da pizza, e o Gazeta News como sempre, aproveita a ocasião para alimentar seus leitores com mais um pouquinho de conhecimento, afinal, este nunca é demais.
A pizza é um elemento fundamental da gastronomia italiana, mas este saboroso prato não nasceu na Itália, como muitos imaginam. Ela tem início há pelo menos seis mil anos atrás, provavelmente entre os egípcios e os hebreus. Não era, é claro, como é conhecida hoje, mas apenas um delgado estrato de massa – farinha mesclada com água -, chamado na época de ‘pão de Abrahão’, semelhante ao moderno pão sírio; era também conhecido como ‘piscea’, termo que futuramente derivaria para pizza.
No começo da sua trajetória cultural, a pizza contava somente com o acréscimo de ervas da região e do tradicional azeite de oliva, comuns neste prato em seu formato convencional. Os italianos levaram a fama por adicionar o uso do tomate – recém-chegado da América pelas mãos dos espanhóis -, que se tornaria essencial na confecção desta iguaria. Restava à pizza conquistar seu formato definitivo, pois ainda era produzida como o atual calzone e o sanduíche, ou seja, dobrada ao meio.
Esta iguaria da gastronomia italiana foi amplamente difundida em meados do século XIX, em 1889, graças à habilidade do primeiro pizzaiolo da história, dom Raffaele Espósito, um padeiro de Nápoles a serviço do rei Umberto I e da rainha Margherita, a quem ele homenageia ao confeccionar uma pizza imitando as cores da bandeira italiana, branco, vermelho e verde, utilizando para isso mussarela, tomate e manjericão, produtos que lhe permitiam obter as colorações desejadas. A rainha apreciou tanto este prato que dom Raffaele decidiu batizá-la de Margherita.
A pizza desembarcou no Brasil através dos imigrantes italianos, celebrizando o bairro paulista do Brás, onde se concentrou grande parte deles na cidade de São Paulo. Até 1950 este prato se restringia mais aos círculos italianos, mas a partir deste momento ela se disseminou por todo o país, tornando-se logo um elemento cultural brasileiro. O dia da pizza começou a ser comemorado em 1985.
De lá pra cá, muitas pizzarias foram montadas e muitos sabores criados. Além disso várias formas de comercializar este produto foram se adaptando às necessidades de clientes ou mesmo de fornecedores em busca de diferenciação. Como exemplo disso temos a pizza tradicional ou o rodízio, os diferentes tamanhos, pizzas salgadas e pizzas doces, inteiras ou em simples fatias, com borda recheada ou não, na pizzaria ou no delivery. Isso não importa. O que queremos é comer uma boa pizza.
Em comemoração a este dia, que praticamente todos ficam com água na boca e muitos vão aproveitar para comemorar, deixamos aqui uma receita de uma pizza que poucos conhecem ou provaram, e, que a época é propícia, a pizza de Paçoca de Pinhão
Vamos lá?
Ingredientes:
1 kg de pinhão cozido e moído
300 g de bacon
1/2 kg carne de gado moída
1/2 kg de linguiça
2 cebolas picadas
3 dentes de alho amassados
Sal, pimenta do reino e tempero verde a gosto
Modo de Preparo:
Frite o bacon, acrescente a carne e a linguiça. Adicione a cebola e alho. Quando estiver bem frito, coloque o pinhão e o tempero verde. Tempere com sal e pimenta do reino a gosto. Para montagem, a sugestão é usar molho de tomate e queijo serrano.