Hoje, dia 09 de junho, é comemorado em todo o Brasil o Dia da Imunização e, tendo em vista o atual momento, eu achei pertinente falarmos um pouco sobre a imunidade de rebanho ou imunidade de grupo.
O mecanismo da imunização foi descoberto em 1978 por Edward Jenner, que realizou uma série de experimentos após perceber que os trabalhadores da zona rural que já haviam sido contaminados com o vírus da varíola bovina, não pegavam a varíola humana. Ficou constatado que o organismo era capaz de desenvolver proteção mesmo com um estímulo menos nocivo, que era o caso do vírus que infectava os bois.
As vacinas são fabricadas com partes enfraquecidas ou inativadas de um determinado organismo (vírus ou bactéria) que desencadeia uma resposta imune do corpo. Ou seja, ela simula uma infecção inúmeras vezes mais “fraca” que a infecção pelo agente patológico e estimula a criação de células de defesa específicas para aquela doença.
Quando uma pessoa é vacinada, fica protegida contra a doença em questão, entretanto nem todas as pessoas podem ser vacinadas. Indivíduos com patologias que enfraquecem o seu sistema imune, ou que tenham alergias graves a alguns componentes da vacina, não devem ser vacinados. No entanto, essas pessoas ficam protegidas, se viverem entre outras que estejam vacinadas.
Quando há muitas pessoas vacinadas em uma comunidade, o agente patogênico tem dificuldade em circular, porque a maioria das pessoas estão imunizadas. Logo, quanto mais pessoas forem vacinadas, menor a probabilidade de as pessoas que não podem ser vacinadas ficarem expostas aos agentes patogênicos. A isso chama-se imunidade de rebanho ou de grupo. Não obstante, quando conseguimos a taxa máxima de vacinação, conseguimos também, com o tempo, extinguir o agente causador da doença.
As vacinas não só protegem as pessoas que as recebem, mas também as pessoas que não podem ser vacinadas. A vacinação é um ato de cuidado para com você e para com o próximo. Vacine-se. Valorize o SUS. Valorize a ciência.
