O transplante de órgãos é, em muitos casos, a única alternativa terapêutica em pacientes portadores de insuficiência funcional terminal de diferentes órgãos essenciais. Observa-se no Brasil, e em outros países, uma preocupante desproporção entre a demanda de órgãos para transplante e o número de transplantes efetivados (WESTPHAL, 2016).
Pesquisas sobre o tema são realizadas todos os anos e todas sempre apontam para o mesmo resultado: a falta de órgãos se dá, porque as famílias não aceitam doar os órgãos de seus entes queridos. Para se tornar um doador, não é preciso deixar nada escrito, nem assinado, nem registrado. A única forma de se tornar doador de órgãos é avisar sua família do seu desejo. Somente eles poderão levar seu desejo adiante, pois, quando necessário, a equipe de médicos e enfermeiros irá abordá-los, e a palavra deles é a que vale, mesmo que você tenha declamado aos quatro cantos do universo que queria ser doador.
O processo de doação de órgãos é muito seguro, sendo realizados diversos exames para atestar a morte encefálica (perda total e irreversível das funções do cérebro), por médicos distintos e especializados para tais procedimentos.
Em algum lugar do Brasil, nesse momento, há alguém a espera de uma ligação que pode mudar sua vida. Vamos fazer parte disso? Converse com sua família, avise-os de seu desejo e pergunte o desejo deles. Todos nós podemos salvar vidas, e podemos ter nossas vidas salvas também. Seja um doador de órgãos.
Fonte: RBT: Registro Brasileiro de Transplantes 2019 e Diretrizes para avaliação e validação do potencial doador de órgãos em morte encefálica
