A dor oncológica deve ser compreendida de forma multidimensional e complexa. Ela envolve diversos mecanismos fisiopatológicos tais como: inflamatórios, compressivos, isquêmicos e neuropáticos. Resumidamente, ela pode ocorrer por mecanismos diretamente relacionados ao tumor, mecanismos indiretamente relacionados ao tumor e mecanismos relacionados aos tratamentos dos tumores, como pós-operatórios, pós-quimioterapia e/ou radioterapia.
A dor relacionada ao câncer pode estar presente em mais de um local do organismo, com diversas cronologias, de modo heterogênio e irregular. Essas características podem ser alteradas (para mais ou para menos) por aspectos genéticos, psicológicos e sócio- culturais do paciente, impactando significativamente na qualidade de vida do mesmo.
Portanto, estas são dores complexas, profundas que envolvem paciente família, medo, frustração, tristeza e espiritualidade (falta de sentido na vida e na morte e culpas). É importante notar que a ocorrência de fenômenos psicológicos e psiquiátricos concomitantes com a dor oncológia é relativamente frequente (depressão em 20% dos casos e ansiedade em 12% dos casos).
Desta forma, a compreensão multidimensional e mais ampla à respeito de todos os aspectos envolvidos na dor oncológica levam os profissionais da saúde a uma abordagem integral e multidisciplinar, seguindo o modelo atual de tratamento da dor, o modelo biopsicossocial, no qual concentra sua atenção no indivíduo e não na doença.
Se você se sentiu contemplado ou conhece alguém que esteja passando por esse processo, busque ajuda profissional!