Lili, uma linda e jovem princesa, é cobiçada tanto por Jack, um jovem próximo à natureza, quanto pelo Senhor das Trevas, uma verdadeira encarnação do mal, cujo único sonho é mergulhar o mundo na noite eterna matando os dois unicórnios protetores.
Com a ajuda do elfo Gump e de seus companheiros, Jack embarca em uma busca desesperada para pôr fim às ações do demônio e impedir que Lili seja transformada em uma criatura perversa…
Depois de uma série de três filmes imensos (Os Duelistas, Alien e Blade Runner), Ridley Scott tentou a sorte no gênero fantasia em 1985 com A Lenda, que foi um terrível fracasso.
A maior parte da arrecadação do filme foi nos Estados Unidos, com meros 15,5 milhões de dólares, enquanto internacionalmente ele não ganhou mais do que 1,33 milhão de dólares. Para um orçamento de produção de 25 milhões, isso é um golpe duro…
Um tapa na cara que foi ainda mais doloroso para ele, já que estava desenvolvendo a história desde o final das filmagens de seu primeiro filme, o deslumbrante Duelistas. Em uma clara homenagem à Bela e a Fera de Jean Cocteau, Scott multiplica as referências aqui: aos contos dos irmãos Grimm, aos de Perrault, às lendas celtas e medievais, com uma pitada de Walt Disney. comercial para o diretor.
O filme certamente envelheceu um pouco, e o desempenho de Tom Cruise é ofuscado pelo de Tim Curry como o grande vilão do filme, o impressionante demônio Lorde das Trevas, que sem dúvida tem os chifres mais imponentes da história do cinema. Um personagem cult e uma das melhores atuações desse brilhante ator.
Amplamente reavaliado pela comunidade cinéfila desde seu lançamento, A Lenda também recebeu uma segunda chance de vida com o lançamento, em 2002, de uma versão do diretor de 114 minutos, próxima à versão europeia de 93 minutos e, de qualquer forma, muito superior à versão teatral de 89 minutos nos EUA.
O Director’s Cut que o próprio Scott pensou estava perdida para sempre, até ser milagrosamente redescoberta em 2000 na forma da chamada impressão “original zero”. Em outras palavras, a primeira cópia fotoquímica de um filme em que a calibração da imagem é considerada definitiva. A cópia zero é usada para verificar se não há problemas com a qualidade e a reprodução da imagem ou com a edição e os efeitos especiais.
Fonte: Adoro Cinema | Por Giovanni Rodrigues