Meio ignorado no Brasil até pouco tempo atrás, o Gin viu sua popularidade crescer há alguns anos: demorou quase uma década, mas a febre espanhola do gin tônica chegou com força total por aqui.
Espalhado pelo país, há inúmeros bares dedicados aos coquetéis e a bebida, nos quais são oferecidos mais de 40 rótulos. Somado a isso existe o grande gosto pelo Negroni (feito com a tríade gin-campari-vermouth) e temos um mercado bem receptivo.
Mas vamos um pouco a história do Gin.
A bebida percursora do Gin foi criada em 1650 pelo médico holandês Franciscus de la Boe. Depois de muitos testes o médico chegou a uma receita de álcool infusionado com bagas de zimbro que aliviava diversos sintomas como falta de apetite, dores de estômago e febre. Chamou a poção de Jenever/Genever (zimbro em holandês). Ele só não sabia que o negócio duraria bem pouco na farmácia.
Soldados britânicos em passagem pela Holanda gostaram tanto do Genever que carregaram garrafas para casa. Pouco tempo depois, já era um dos destilados favoritos na Inglaterra. A diferença básica entre o Gin e o Genever é que o último é feito com adição de malt wine (fermentado de malte) ao destilado. Durante o século 18, com a popularização do Genever, não havia tanto malte para dar conta da produção. A solução foi usar apenas álcool neutro que, em boa parte dos casos, tinha má qualidade. Para dar aquela disfarçada no sabor, faziam uma infusão de frutas, raízes e sementes. Assim, de uma necessidade pouco nobre, nasceu o Gin.
Zimbro, o indispensável
Zimbro é o fruto (baga) de árvores da família dos ciprestes, primo dos pinheiros, originários do Hemisfério Norte. Ele é o único ingrediente obrigatório em qualquer Gin. Além dele pode-se usar uma infinidade de botânicos, que combinados, produzem outra infinidade de sabores. Angélica, anis, semente de coentro, cardamomo, cássia canela, casca de cítricos, erva-doce, gengibre, priprioca, cumaru … use o que quiser, desde que tenha zimbro.
Há dois principais estilos de Gin: o Dutch e o Dry
Dutch Gin – também conhecido como Holland ou Genever, é tradicionalmente feito com álcool de milho, centeio e cevada, em proporções iguais. Levemente adocicado, é mais saborizado.
Dry Gin – estilo predominante no mundo, é produzido com álcool de grãos, e como dia o nome, é mais seco. Na Inglaterra, produzido com conteúdo alcoólico entre 40% e 50%, leva a denominação London Dry ou English Dry.
Pelas leis brasileiras, a graduação alcoólica do Gin obrigatoriamente varia entre 35% e 45%, o que torna ilegal importar alguns London Dry, segundo a legislação.
Fonte Vai se Food