Harvard retira pele humana de livro antigo em biblioteca: polêmica revelada!

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Foto Mundo Bibliotecário

Em um ato de reparação histórica, a Universidade de Harvard retirou recentemente a pele humana de um livro de sua biblioteca, que havia sido encadernado com esse material macabro. A descoberta veio à tona quando pesquisadores encontraram um exemplar do século XIX da obra “Des destinées de l’ame” (Dos destinos da alma, em tradução livre), de Arsène Houssaye, cuja capa era feita com pele humana.

Apesar de situado em um passado distante, o fato chocou e causou espanto. O livro estava catalogado como parte da coleção de Livros Raros e Manuscritos de Harvard e havia passado despercebido durante décadas. A pele, aparentemente de origem humana, foi identificada por meio de testes de DNA realizados pelos pesquisadores antes de ser retirada da encadernação.

A descoberta do livro encadernado em pele humana remonta a práticas antigas conhecidas como “antropodermia”, nas quais a pele humana era utilizada para encadernar livros. Essa prática perturbadora foi efetivamente banida devido à sua associação com assassinatos e atos de violência. No entanto, alguns exemplares desse tipo de encadernação ainda podem ser encontrados em bibliotecas e coleções antigas.

A remoção da pele humana da encadernação de livros é um ato simbólico que busca corrigir os erros do passado e reconhecer o valor humano daqueles que foram vítimas dessas práticas macabras. Harvard, como uma das mais prestigiadas instituições de ensino e pesquisa do mundo, tem o dever de preservar e proteger o conhecimento, mas também de enfrentar questões éticas e históricas relacionadas aos livros de sua biblioteca.

A prática da encadernação em pele humana remonta ao século XVI, quando cadáveres de condenados à morte eram utilizados como matéria-prima para a produção de livros. No entanto, a partir do século XVIII, esse tipo de encadernação passou a ser feito com a pele de pessoas que foram doadores de corpo, ou seja, indivíduos que doaram seus corpos para a ciência e a educação após a morte.

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É importante ressaltar que a prática da antropodermia era controversa mesmo em sua época, e muitos estudiosos e cientistas se opunham a ela. No entanto, a obtenção de pele humana para encadernação de livros era uma prática legalizada em alguns países e muitas vezes contava com a aprovação de instituições de ensino e pesquisa.

O ato de remover a pele humana da encadernação do livro é uma ação simbólica, mas também um lembrete de que o conhecimento e o avanço da ciência não justificam a violação dos direitos humanos. É uma oportunidade para refletirmos sobre as práticas éticas e históricas de nossa sociedade e trabalharmos para garantir que tais violações não aconteçam novamente.

Assim como Harvard, outras instituições de ensino e pesquisa têm revisado suas coleções e se engajado em ações para preservar e contextualizar adequadamente materiais históricos controversos. A remoção da pele humana da encadernação do livro na biblioteca de Harvard faz parte desse esforço contínuo para abordar de forma responsável o patrimônio cultural e histórico.

O caso de Harvard se tornou uma oportunidade para um debate mais amplo sobre ética na academia e a responsabilidade das instituições em relação às suas coleções. A remoção da pele humana da encadernação desse livro específico é um passo importante nessa direção, mas também nos convida a questionar nossos próprios valores e práticas em relação ao patrimônio cultural e à preservação do conhecimento.

Com essa ação, Harvard envia uma mensagem clara de que está comprometida em aprender com o passado e em garantir que sua biblioteca seja um espaço inclusivo e respeitoso para todos os seus usuários. Além disso, abre um diálogo sobre os limites éticos da pesquisa e preservação histórica, estimulando outras instituições a se questionarem e tomarem medidas semelhantes.

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O ato de retirar a pele humana da encadernação de um livro pode parecer perturbador e mórbido à primeira vista, mas representa um esforço significativo para enfrentar os erros do passado e criar um futuro mais ético e humano para a academia.

 

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