As disfunções miccionais nem sempre estão relacionadas com a idade e o envelhecimento. Podem ocorrer em homens e mulheres, independente da idade e nível socioeconômico, sendo o sexo feminino o mais atingido. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, cerca de 72% das mulheres no mundo, sofrem com esse problema.
Na incontinência urinaria ocorre uma disfunção dos músculos do assoalho pélvico, e pode estar associada a outros fatores também como hiper ou hipoatividade do músculo da bexiga(detrusor).
É caracterizada pela perda involuntária de urina (escapes) e conta com três tipos mais comuns:
- Esforço, quando há perda de urina em atividades como: tossir, espirrar, rir e durante atividade física;
- Urgência, quando há súbita vontade de urinar e a pessoa não consegue chegar a tempo no banheiro;
- Mista que associa os dois tipos anteriores.
Entre as causas mais comuns para não conseguir “segurar” o xixi estão a alteração da parte hormonal, perda de tônus muscular, menopausa, alterações na biomecânica corporal como na gestação ou obesidade, puerpério, lesões no períneo, medicamentos, entre outros. E em alguns casos, um fator que também contribui para a disfunção miccional é a ingestão de alimentos/bebidas cítricas e estimulantes.
A perda de urina pode impactar de forma negativa a qualidade de vida de homens e mulheres, comprometendo aspectos sociais, físicos e sexuais. Um grande número de pessoas que sofrem com a incontinência urinária não procura ajuda profissional por vergonha, baixa autoestima ou por achar que esse problema é normal e que faz parte do envelhecimento, mas existem muitos casos em jovens, principalmente mulheres atletas. Muitas pessoas não percebem que tem essa perda involuntária da urina.
Totalmente tratável a incontinência urinaria, e na maioria das vezes em curto espaço de tempo. A fisioterapia pélvica é reconhecida como a primeira linha de tratamento, padrão ouro segundo a ICS ( International Continence Society ).
O objetivo do tratamento consiste em realizar o treinamento dos músculos do assoalho pélvico, através de exercícios específicos (cinesioterapia), eletroestimulação, biofeedback, laser, além de outros recursos que serão adicionados de acordo com o tipo de incontinência.