O termo neurastenia foi descrito pela primeira vez no ano de 1860, quando foi caracterizada por fadiga crônica e incapacitação. Atualmente, não é mais utilizado esse termo, sendo denominada como a síndrome de fadiga crônica.
No século XIX, já haviam sido identificadas respostas emocionais e “nervosas” da sociedade diante das mudanças na civilização, como, por exemplo, a industrialização e a inserção da mulher no mercado de trabalho.
Desde aquela época, portanto, foi observado que o tempo de duração dos sintomas era de no mínimo três meses, mas eles não deixam de existir se a pessoa tinha vontade de superá-los e de realizar normalmente suas atividades.
Um dos fatores que influenciam no desenvolvimento dessa condição é a própria civilização e as exigências depositadas sobre as pessoas. O excesso de trabalho é um dos agentes que trazem exaustão, ou seja, essa condição é o resultado da vida moderna.
Portanto, rotinas cansativas, somadas a problemas familiares e no trabalho influenciam diretamente no desenvolvimento dessa condição, assim como outras causas envolvem fatores genéticos e fisiológicos.
Os principais sintomas da neurastenia são:
- Tontura;
- Insônia;
- Dor de cabeça;
- Memória prejudicada;
- Constipação ou diarreia;
- Preocupação crônica;
- Irritabilidade;
- Palpitações;
- Sentimento de desesperança;
- Taquicardia;
- Suor excessivo;
- Tremores;
- Dores nas costas;
- Parestesia;
- Cansaço.
Neurastenia é depressão?
Não, a neurastenia é o cansaço diante do excesso de exigências e demandas da sociedade. Apesar de apresentar sintomas parecidos com os manifestados pela depressão, como cansaço, tristeza e sentimento de desesperança, ambos são transtornos completamente diferentes.
Neurastenia e Burnout
A neurastenia é um termo adotado para designar o cansaço ou tristeza que acometem uma pessoa em diversos contextos, como na vida familiar, trabalho ou exigências sociais.
Por outro lado, o Burnout está dentro dessa condição e é específica, mas diz respeito ao cansaço ou excesso de demandas que sobrecarregam no ambiente de trabalho.
Historicamente, médicos e filósofos observaram que, durante a revolução industrial e a modernização, as pessoas tinham respostas “nervosas” e, consequentemente, adoeciam mentalmente, sendo esse um reflexo das mudanças sociais.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é realizado por um psiquiatra e/ou neurologista, que fará o levantamento de toda a história clínica do(a) paciente e seus sintomas. Dependendo do contexto que desencadeia essa condição, como, por exemplo, o trabalho, o diagnóstico final é de Burnout.
A neurastenia não tem cura, mas há tratamento que possibilite diminuir os sintomas apresentados, proporcionando qualidade de vida para o paciente.
O tratamento é recomendado varia conforme o caso. Alguns(as) pacientes necessitam de analgésicos e antidepressivos. Mas, de maneira geral, as mudanças de hábitos, como higiene do sono, momentos de lazer e alimentação saudável são significativos para obtenção de resultados positivos.
Buscar ajuda psicológica e a prática regular de atividade física auxiliam na melhora dos sintomas, assim como proporcionam qualidade de vida para o(a) paciente.
Minuto Saudável