Kasuya Inteligência Agronômica em parceria com a Embrapa, é pioneira em trazer o projeto Antecipe para o Oeste da Bahia

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O Antecipe é um método de cultivo intercalar que possibilita a redução dos riscos causados pelas incertezas do clima durante a segunda safra.

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O Antecipe é um sistema inédito de produção de grãos, em que é possível semear mecanicamente a cultura do milho nas entrelinhas da soja antes da colheita desta leguminosa. Para que isso se tornasse possível, foram dedicados 13 anos de pesquisa. Foi gerado conhecimento que permite ao produtor saber utilizar a tecnologia, e o momento certo para utilizá-la.

O que ocorre no sistema Antecipe com a cultura da soja?

A tecnologia foi desenvolvida para não dificultar as operações na fazenda. Se o produtor resolver adotar o Antecipe em parte de sua área, até porque não é necessário antecipar toda a lavoura, não serão necessários ajustes no espaçamento entrelinhas. Isso só foi possível porque a semeadora-adubadora do Antecipe foi desenvolvida para trabalhar nos mesmos espaçamentos que qualquer semeadora existente no mercado.
Kasuya Inteligência Agronômica em parceria com a Embrapa, é pioneira em trazer o projeto Antecipe para o Oeste da Bahia
Com a soja implantada e planejada para a semeadura do milho nas entrelinhas, o agricultor, usando a semeadora-adubadora desenvolvida para esta finalidade, realiza a operação da mesma forma, como a semeadura “tradicional”, com a diferença que esta é feita nas entrelinhas da soja. Na semeadura do milho, o produtor deve levar em consideração o espaçamento das entrelinhas da soja, pois ajustes no trator devem ser levados em conta, como as medidas dos pneus dianteiros e traseiros, que devem realizar deslocamento sem danos à soja. É importante ressaltar que o fato de a semeadura do milho ocorrer antecipadamente na entrelinha da soja não altera o manejo dado às culturas em relação aos tratos culturais, como a adubação. Todos os cuidados e as recomendações são iguais aos do milho semeado após a colheita da soja.

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Com o milho implantado e as plantas se desenvolvendo, chega o momento da colheita da oleaginosa, e esta é realizada normalmente. Essa operação corta as plantas de milho, mas como o ponto de crescimento dessa planta ainda está abaixo do solo, o crescimento e o desenvolvimento não são comprometidos, levando o milho a produzir melhor do que aquele semeado tardiamente, ou seja, fora do período recomendado pelo Zarc.  A adubação nitrogenada de cobertura no milho deve ser realizada o quanto antes, considerando as recomendações já consolidadas pela pesquisa, porém, podendo ser feita em época de maior aproveitamento pelas plantas.

Seguindo as recomendações já consolidadas para o cultivo da soja e do milho safrinha, o Antecipe pode:

  1. Favorecer o estabelecimento precoce da cultura do milho, com redução de riscos de frustração por perda de produtividade de safrinha, em função das condições climáticas adversas no final do período de verão e início de outono. Essa antecipação em até 20 dias proporciona maiores produtividades de milho comparadas às da semeadura realizada após o período definido pelo Zarc da região.

2. Permitir o cultivo do milho em regiões onde o Zarc limita o plantio dessa cultura na época de outono.  Essa oportunidade possibilita a semeadura de cultivares de soja de ciclo médio (reconhecidamente mais produtivas que as precoces), e ainda assim possibilita a semeadura do milho na janela ideal, ocasionando maiores chances de boas produtividades do milho safrinha.

3. Possibilitar a redução no custo com a operação de dessecação da cultura da soja, utilizando um herbicida de contato, uma vez que a semeadura do milho safrinha é feita na entrelinha da soja quando esta se encontra a partir do estádio fenológico R5.

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4. Permitir a redução no custo com a operação de dessecação das plantas daninhas pós-colheita da cultura da soja. Para a implantação da cultura de safrinha, a maioria dos produtores faz uso da dessecação das plantas daninhas pós-colheita da soja. Neste sistema, em áreas onde a infestação de plantas daninhas esteja em estádios não perenizados, o produtor pode ter a opção da não aplicar os dessecantes e fazer uso apenas dos herbicidas pós-emergentes no milho, não excedendo o período de 10 a 15 dias após a colheita da soja e o corte das plantas de milho.

Fonte: Décio Karam, pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo e membro do Conselho Científico Agro Sustentável – CCAS

 

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