LIBRAS na área da saúde – como o paciente deficiente auditivo se comunica?

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Oi pessoal! Hoje eu resolvi abordar um assunto diferente com o objetivo de ampliar nossa visão acerca do acesso à assistência em saúde para as pessoas com alguma deficiência auditiva. Você já pensou nisso?

Na graduação me atentei para isso, fiquei imaginando como seria se um dia eu atendesse alguém que não se comunica como eu me comunico, até que atendi! Foi uma tarefa que exigiu muita concentração e esforço de ambas as partes, mas deu certo no final… Mas isso podia ser melhor, não? Se eu soubesse a língua dos sinais, eu teria otimizado o atendimento, além de fazer um acolhimento melhor.

Pensando nisso, me matriculei em uma matéria de Língua Brasileira dos Sinais (LIBRAS) e fui cursá-la! Resultado: não adiantou grandes coisas porque 1. eu não conseguia pegar todas as aulas porque era muito longe da minha casa e a rotina do curso era SUPER cansativa, e 2. eu não tinha com quem praticar…

Com esse pensamento que venho hoje propor essa reflexão a todos nós e também aos meus colegas, profissionais da saúde. Como é o atendimento para os pacientes com deficiência auditiva?

Muitas vezes é possível atender com excelência porque o paciente tem acompanhante (mãe, pai, marido, esposa, filho, etc), ou então porque ele sabe ler e escrever. Mas quando o paciente vem sozinho e não é alfabetizado na língua portuguesa, o que fazemos?

Lendo um artigo para escrever essa matéria, me deparei com relatos reais de pacientes surdos sobre suas experiências, e é nítido o quanto a assistência fica prejudicada para eles, pois nem sempre basta escrever apenas, eles sentem falta da explicação real do que é a doença ou o que pode acarretar… Um dos relatos consta que uma pessoa deixou de ir ao médico quando estava doente para esperar por sua mãe, por receio de não ser compreendida.

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Trago aqui esses relatos para refletirmos sobre a inclusão real, no mundo real, no agora. Falamos muito sobre acessibilidade, mas nem sempre garantimos o acesso. Só quem já atendeu um paciente com deficiência auditiva sabe o quão importante é sabermos o básico para atendê-los e garantir uma assistência de qualidade.

Imagino que a disciplina de LIBRAS poderia ser inserida na grade curricular de todos os cursos de graduação para que cada profissional aprendesse a se comunicar pela língua de sinais, além de aprender sinais específicos de sua área. Dessa forma, teríamos com quem praticar a fim de que o estudo e aprendizado não fiquem esquecidos…

Mas é claro que eu não traria essa reflexão sem trazer também uma dica, né? Há alguns aplicativos bem legais e intuitivos que podemos utilizar para aprender a nos comunicar em LIBRAS! (Obrigada tecnologia!) Eu já usei o senailibras e o Hand Talk, sendo esse último tanto na língua brasileira quanto na norte-americana. Vale a pena dar uma conferida!

Importante lembrar que a Língua Brasileira de Sinais só foi reconhecida como oficial em 2002, ou seja, apenas 18 anos atrás. Além disso, a linguagem não é universal, cada lugar tem sua estrutura própria, semelhante com os idiomas do mundo (português, inglês, francês, etc).

Espero ter acendido uma luzinha aí, como acendi aqui! O objetivo da matéria de hoje foi trazer essa problemática de modo que pudéssemos perceber que ela existe e que podemos modificá-la! Falando nisso, alguém aí sabe de um curso de LIBRAS?

Vejo vocês na quarta que vem!!! 😀

PS: quem tiver interesse em ler o artigo do qual falei na matéria, o título é: “Assistência ao surdo na área da saúde como fator de inclusão social”. Vale a pena a leitura, super fácil de entender e rapidinho.

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