No Reino Unido, nasce primeiro bebê com DNA de três pessoas

em Mundo
12 de maio de 2023
No Reino Unido, nasce primeiro bebê com DNA de três pessoas

No Reino Unido, já nascem as primeiras crianças que foram criadas a partir do DNA de três pessoas, o que subverte a lógica da maioria dos nascimentos. Embora a técnica seja bastante polêmica, o bebê não é considerado, pelo menos geneticamente, “filho de três pais”. Acontece que mais de 99,8% do material genético do pequeno provém da mãe e do pai originais, e cerca de 1% é do terceiro doador.

Aprovado em 2015, o tratamento de doação mitocondrial (TDM) é um tipo de procedimento destinado a mulheres que tenham alto risco de transmitir uma doença mitocondrial. Por meio do tratamento, elas podem ter filhos biológicos sem passar a condição para os bebês.

A Autoridade de Fertilização Humana e Embriologia britânica (HFEA, da sigla em inglês) informou que 32 pacientes, até o momento, receberam o aval para realizar o tratamento. No Reino Unido, podem realizar o procedimento somente os indivíduos com formas graves do quadro, após passar por uma análise e aprovação da HFEA.

O procedimento

Na primeira etapa do TDM, o esperma do pai é usado para fertilizar os óvulos da mãe com a doença mitocondrial e da doadora saudável. O material genético do núcleo do óvulo da doadora é removido e substituído pelo do óvulo fertilizado do casal. Embora o óvulo tenha os cromossomos do casal, ele carrega as mitocôndrias saudáveis da doadora. Depois da consolidação, ele é implantado no útero.

A clínica de Newcastle se tornou o primeiro centro licenciado para realizar o tratamento em 2018, e até abril deste ano, foi registrado um total “inferior a cinco”, mas não forneceu mais dados, dizendo que isso “poderia levar à identificação de uma pessoa a quem o HFEA deve o dever de confidencialidade”.

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É seguro?

No momento, a técnica é considerada em desenvolvimento. “Até agora, a experiência clínica com TDM tem sido encorajadora, mas o número de casos relatados é muito pequeno para tirar conclusões definitivas sobre segurança ou eficácia”, explica Dagan Wells, professor de genética reprodutiva da Universidade de Oxford, para o jornal The Guardian. “O acompanhamento a longo prazo das crianças nascidas é essencial”, acrescenta.

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