Hoje, sexta-feira (20), encerra o período do vazio sanitário. E a previsão é que as plantadeiras iniciem a semeadura do novo ciclo pois os produtores estão na expectativa para iniciar a nova safra de algodão.
Apesar da previsão de uma redução de área plantada em torno de 15%, os produtores decidiram manter os investimentos na cultura, estão otimistas com os resultados em produtividade, incremento no preço e retomada da atividade econômica pelos países asiáticos.
O produtor Paulo Schmidt por exemplo decidiu manter a área de algodão para a próxima safra. As boas perspectivas do mercado, as chuvas regulares, o trabalho de combate as pragas e o uso de tecnologia em sementes e fertilizantes, cada vez mais adequados ao solo e clima do Oeste da Bahia, são diferenciais que vem elevando a produção na região.
Segundo a Abapa, os produtores baianos ainda têm em estoque 20% da safra para comercializar, o que também pressionou os cotonicultores na redução da área. Para o presidente da entidade, Júlio Cézar Busato, esta definição foi uma resposta imediata à desaceleração econômica no setor têxtil diante do período da pandemia da Covid-19. “O câmbio favorável no momento da comercialização da fibra, a partir de setembro, mudou o clima entre os produtores, principalmente entre aqueles que seguraram os estoques para negociar em momento mais adequado”, reforça.
A região Oeste da Bahia atravessa quatro safras com resultados positivos em produção e produtividade, sendo a última, a segunda maior da história, ao atingir a média de 310,15 arrobas de algodão em caroço/hectare em uma área total de 313.566 mil hectares. A produção atingiu a mesma média da safra passada, em torno de 1,5 milhão de toneladas de algodão (fibra e caroço).
Segundo maior produtor do Brasil, a Bahia contribui com a participação de 25% da safra nacional, sendo considerada a área agrícola com a maior produtividade de algodão não irrigado do mundo.
Fonte Ascom Abapa