Dizem “na boca miúda” que o barato sai caro. Os mais grã-finos, em sua defesa, juram que “caro é o que você não usa.” A questão é: quem está certo quando o assunto é movimentar o dinheiro através de bens, produtos ou serviço?
Como Freud não explica, cabe a nós o exercício de ponderação. Uma blusa de 50 reais, comparada a outra de 300 reais é cara ou barata? Sinceramente? Não sei! O preço por si só não me diz muita coisa. De que material é a blusa? Qual a qualidade dessa blusa? Quantas vezes você pensa em usa-la? Qual a durabilidade dela? Esses deveriam ser os fatores determinantes na hora de “fechar a conta e passar a régua.”
Preço e valor são coisas distintas. Na maioria das vezes não temos os 300 reais para investir em uma determinada roupa. Ou temos, mas a sensação de ter 7 peças pelo preço de uma nos seduz. Acontece, flor de laranjeira, que riqueza é escolha. Nem tudo que é caro é bom e nem tudo que é barato compensa.
Olhe com cautela e faça o cálculo do custo X benefício. Aposte na durabilidade, se isso for fator preponderante para você. Mas, já te informo: o descartável tá démodé quando o assunto é bens, serviços e produtos. Se permita ter menos acumulo e mais qualidade.
Isso na verdade é exercício de desapego. Desapego do consumo exacerbado. Desapego da crença limitante de que é preciso aparentar ser. Se é pra ser, que seja rico. Que sua conta vibre real, dólar e libra esterlina.
Se você está aqui, lamento dizer, sua conta não é das melhores. Vamos combinar, né?! Os ricos estão, em plena terça-feira, multiplicando seu patrimônio ou, como fazem os mais exóticos, travando treta, gravando vídeos de dança no tik tok, ganhando seguimores e vendendo a pílula mágica do emagrecimento.
É baby, a vida não socorre aos que dormem. Coloque os pés no chão, aprenda a gastar e multiplicar seu patrimônio.
Beijos e queijos para os que já sabem a diferença entre ativo passivo.
A propósito, alguém pode me dar notícias da rainha? Desde que começou a pandemia, só a vejo estampada na libra esterlina.