O novo foco das aéreas é eliminar os mimos extravagantes ou até mesmo encerrar a categoria por completo
De tempos em tempos, as companhias aéreas buscam maneiras de reduzir custos e melhorar suas operações financeiras. Medidas como a diminuição do espaço entre as poltronas para acomodar mais passageiros e o corte de refeições e bebidas servidas nas aeronaves surgiram nos Estados Unidos e acabaram por ser adotadas em todos os países.
O novo foco das aéreas é eliminar os mimos extravagantes da primeira classe, ou até mesmo encerrar a categoria por completo. O fenômeno começou há algum tempo, mas ganhou força na crise do novo coronavírus, que impôs restrições orçamentárias às empresas — as principais clientes da primeira classe das aeronaves.
A substituição de aviões gigantescos por jatos bimotores, mais eficientes do ponto de vista econômico, é outro fator que põe em risco o futuro alto luxo dentro dos aviões. A francesa Air France retirou toda a sua frota de Airbus A380, e a britânica Virgin deverá em breve abandonar os Boeings 747. Com o fim dos superaviões, elas admitem que abolir em definitivo a primeira classe para revigorar a classe executiva, menos espaçosa e mais rentável.
As companhias aéreas americanas foram as pioneiras em ceifar o luxo extremo nas aeronaves e, recentemente, a inglesa British optou por não instalar cabines chiques nos modelos A350.
Até a Emirates, companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos famosa pelas comodidades oferecidas na primeira classe — como travesseiros de plumas de ganso e caviar iraniano —, está considerando reduzir o número de suítes exclusivas.