O consumo exagerado de bebidas alcoólicas pode acarretar uma série de problemas de saúde. Além de cirrose e dependência, o excesso de álcool também afeta o cérebro e causa uma série de danos cognitivos que podem se manifestar a curto, médio e longo prazo. Quem bebe demais também costuma apresentar distúrbios comportamentais, irritabilidade, agressividade e dificuldade de saber o que é certo ou errado.
Por isso, se você tem o costume de beber socialmente, é sempre bom tomar cuidado para não extrapolar os limites. O efeito do álcool no organismo varia de acordo com a quantidade e frequência de consumo, mas é fato que nenhuma dose da substância é realmente segura. Por isso, até o copinho de cerveja que você toma no final de semana pode ser um fator de risco para problemas de saúde.
Álcool no organismo: o que acontece com o seu corpo após beber?
O álcool, também chamado de etanol, é uma substância produzida a partir da fermentação de açúcares. Uma vez que ingerimos bebidas alcoólicas, o fígado metaboliza o etanol e o converte em acetaldeído (CH3CHO), uma toxina que contribui para alguns dos efeitos colaterais associados ao consumo de álcool, como dores de cabeça e náuseas. Além disso, o composto desencadeia diversos processos inflamatórios no cérebro que afetam o funcionamento normal do sistema nervoso central.
Nos primeiros minutos, o álcool provoca uma leve sensação de euforia. Por isso, quem bebe fica mais sociável e animado. Contudo, essa alegria é apenas um efeito depressor do sistema nervoso central, ou seja, seu cérebro está entrando em estado de sedação. À medida que o teor de álcool na corrente sanguínea aumenta, a atividade cerebral diminui.
Com o passar do tempo, a pessoa fica sonolenta, com reflexos lentos e com problemas de coordenação motora (não consegue ficar em pé e andar em linha reta). Esses são os sinais característicos da embriaguez e indicam que o álcool tomou conta do seu sistema nervoso central.
Fígado e sistema gastrointestinal também são afetados
Além dos efeitos no cérebro, o álcool também afeta outros órgãos e sistemas do corpo. O fígado é o maior prejudicado pelo etanol, pois é o órgão que mais interage com o acetaldeído. Um dos principais danos que ele pode ser é a esteatose hepática alcoólica, conhecida como gordura no fígado. Se não for tratada, a condição pode evoluir para uma cirrose hepática e causar perda definitiva do órgão.
O estômago e o intestino delgado também sofrem com os efeitos do consumo exagerado de bebidas alcoólicas, já que a maior parte da absorção do álcool ocorre na região gastrointestinal. Os problemas mais comuns no sistema digestivo são gastrite, úlceras e pancreatite, uma inflamação aguda do pâncreas que pode ser fatal.
Como eliminar o álcool do organismo?
Quando o consumo de álcool é moderado, o organismo consegue eliminar esse “veneno” por conta própria. Porém, se o volume for muito grande, o corpo fica sobrecarregado e o processo de desintoxicação pode causar alguns sintomas incômodos, popularmente conhecidos como ressaca.
A ressaca nada mais é do que seu corpo expulsando o álcool do seu corpo. Se você exagerou na bebida, não há muito o que fazer a não ser esperar que o organismo melhore naturalmente. Você pode tomar remédios para aliviar os sintomas, mas a expulsão do álcool é algo natural que não temos muito controle.
O que você pode fazer é repousar e beber bastante água para facilitar a recuperação. A água ajuda a repor a hidratação perdida pelo consumo exagerado de álcool. Já o descanso ajuda o corpo a recarregar as energias e fique mais resistente.
Lembre-se de que o melhor remédio para a ressaca é a prevenção. Consuma álcool com moderação e intercale com água e comida.
FONTE: Tudo Gostoso