O que virá após a crise do Covid-19?

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Como nós podemos cruzar o caminho que se apresenta com as medidas adotadas para mediar o risco do Covid-19 e alcançar o futuro que é incerto e promissor?

Não podíamos imaginar que 2020 começaria com uma crise mundial que afeta a vida e a economia de maneira tão intensa, tal qual a Grande Depressão, de 1929! Medidas governamentais em curso – isolamento social, fechamento de atividades e serviços que promovam o aglomeramento humano, redução e mudança nas jornadas de trabalho, fechamento de estradas e transportes públicos, entre outros – geram incertezas e modificam a dinâmica socioeconômica. O que virá após a crise do Covid-19 depende de como vamos agir. Entre tantas possibilidades, podemos enfrentar a crise e olhar positivamente para o futuro considerando os 5 R (artigo da McKinzey, 2020): Resolva – canalize os seus esforços para resolver os problemas de maneira criativa e enfrente a crise (exemplos de oportunidades e desafios são os esforços de tele-entrega em curso, utilização de tecnologias digitais, atendimento das necessidades do Sistema de Saúde – álcool 70o , mascaras, respiradores, etc. – e das necessidades das comunidades). Retorno – da dinâmica socioeconômica a 100% quando acabarem as sansões governamentais e o Covid-19 estiver controlado (possivelmente, quando o programa de vacinação tiver em curso). As empresas, os governos e as pessoas deverão elaborar planos de contingência para retomar as suas vidas, negócios e o desenvolvimento no pós-crise do Covid-19. Esse retorno poderá demorar em torno de 2 anos, de acordo com a mídia internacional. Tempo, recursos e riscos/incertezas devem ser levados em consideração. Resiliência – busque equilibrar a sua contabilidade e reorganizar orçamentos. Leve em consideração tanto as questões puramente econômicas com aquelas sociais e ambientais que trazem sustentabilidade no longo prazo. O equilíbrio entre cortes de gastos, manutenção de renda e cuidado do meio ambiente é fundamental para que tenhamos consumo, poupança e investimentos em ativos que nos ajudem a aproveitar as oportunidades do futuro. Reimaginação – repense os negócios, a vida e valores para identificar novas formas e planos, novas políticas públicas e novas maneiras de olhar o mundo de forma colaborativa e sustentável. A magnitude da crise atual afetará os hábitos de consumo, assim como a maneira como empresas tratam a busca por eficiência. Novas oportunidades e desafios estão em curso e inovar de maneira colaborativa é fundamental. Reforma – as ações realizadas nos quatro R anteriores promoverá reformas talvez impensáveis agora. A expectativa é que o sistema de saúde seja reinventado, assim como o sistema social e econômico. Inovações para reduzir o impacto de problemas isolados (que acontecem em um determinado país/local) em outros lugares do mundo devem entrar em curso para que possam ser isolados e mais facilmente solucionados. A reforma pode envolver, também, as mais diversas “novas” formas que se difundiram na crise, tais como o tele-trabalho, tecnologias digitais e os arranjos sociais para auxílio. Nesse cenário, exemplos de medidas governamentais de outros países são a desoneração da tributação sob a folha de pagamentos de empresas e a liberação de recursos para planos contingenciais – auxílio aos mais vulneráveis (o governo americano liberou aproximadamente 2 trilhões de dólares como medida anti-ciclica). O objetivo dessas medidas é minimizar o impacto da crise do Covid-19 no crescimento do PIB e nas condições sociais/qualidade de vida da população. O que virá após a crise do Covid-19 dependerá das nossas ações agora.

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Texto de Rosane Argou Marques, Economista com doutorado em Gestão da Inovação

AMEI Consultoria Estratégia e Inovação.

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