Um dos thrillers psicológicos mais intensos dos anos 1990 apresentou ao mundo o icônico Hannibal Lecter de Anthony Hopkins. O Silêncio dos Inocentes foi responsável por dar vida a uma interessante franquia, com base no livro homônimo publicado de Thomas Harris, publicado em 1988.
Na trama, a agente do FBI, Clarice Starling (Jodie Foster) é ordenada a encontrar um assassino que arranca a pele de suas vítimas. Para entender como ele pensa, ela procura o perigoso psicopata, Hannibal Lecter (Anthony Hopkins), encarcerado sob a acusação de canibalismo.
O longa sucede Caçador de Assassinos, no qual o médico canibal foi introduzido pela primeira vez nos cinemas. Nesta história em questão, o protagonista foi vivido por Brian Cox, atual estrela de Succession. Anos depois, uma refilmagem intitulada Dragão Vermelho foi produzida para completar a trilogia de Hopkins.
Algo que muitos se perguntam é sobre a veracidade das tramas que envolvem o curioso personagem. Tecnicamente, a resposta é simples: não, a saga do icônico vilão não é baseada em uma única história. No entanto, há elementos completamente reais nestas narrativas, já que houve uma precisa inspiração em figuras da vida real.
A história do médico canibal teve como uma das inspirações o serial killer Robert Maudsley, criminoso que se encontra em prisão perpétua na Wakefield Prison. Preso em uma espécie de gaiola há 44 anos, o norte-americano viveu em um orfanato até os 8 anos até ser resgatado por pais adotivos. Vivendo com outras 11 crianças, ele teria sido agredido mental e fisicamente durante anos.
Aos 21 anos, após ter enfrentado o vício em drogas e já ter cometido alguns crimes, ele cometeu o primeiro assassinato. Vivendo de programas, foi contratado em 1974 por John Farrell, um pedófilo. De acordo com o The Guardian, ao descobrir os atos do criminoso, Robert teve um acesso de raiva e estrangulou o molestador. Segundo o WalesOnline, ao se entregar sob acusações de homicídio culposo, ele foi apelidado de “Blue” pelos policiais, devido à cor do rosto de Farrell ao ser encontrado morto.
Já no hospital psiquiátrico, Maudsley fez outra vítima. Ele se uniu a David Cheeseman para assassinar David Francis, preso por pedofilia. Eles se trancaram em uma cela onde torturaram o criminoso por 9 horas. Posteriormente, os guardas encontraram o crânio de Francis aberto, com o cérebro perfurado por uma colher. Neste ponto, com a suposição de ter comido parte do órgão, Robert serviu de inspiração para Hannibal Lecter. Anos depois, Maudsley ainda chegou a cometer outros assassinatos, principalmente de outros criminosos.
Outro nome que surge com muito mais frequências como base para a existência do vilão de O Silêncio dos Inocentes é Alfredo Ballí Trevino, um ex-cirurgião também condenado à prisão perpétua. Seu cárcere se deu após dois assassinatos em Monterrey, cidade do norte do México.
Conhecido na imprensa por nomes como “O Lobisomem de Nuevo León”, “O Médico Assassino”, “O Monstro de Talleres” e “O Vampiro Ballí”, ele matou seu amigo e suposto amante de maneira brutal.
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Após uma suposta briga por dinheiro, o corpo do jovem foi desmembrado e os pedaços foram guardados em uma caixa. Há outras versões para o caso, mas sabe-se, de acordo com o jornal mexicano Reforma, que o médico não deixou de atuar na cárcere e “ajudou muitas pessoas na prisão e tornou-se tão bom que, com o passar do tempo, até foi autorizado a sair à noite para ver pacientes”.
De acordo com o Latin times, Ballí sabia da inspiração e sua própria família, eventualmente, o chamava de Hannibal ou Dr. Lecter.
O Silêncio dos Inocentes está disponível no Prime Video e para compra ou aluguel digital.
FONTE: Adoro Cinema